No palco central da Web Summit esteve, esta terça-feira, Tom Taylor, SVP da Alexa na Amazon, que explicou a todos que o objetivo da empresa é fazer os consumidores falarem cada vez menos com a assistente pessoal da empresa, a Alexa.
A ideia pode parecer estranha, mas não quando explicado que o objetivo será investir cada vez em que tudo aconteça de forma automática na vida dos consumidores.
Milhões de pessoas disseram “amo-te” à Alexa
A interação com os assistentes virtuais tem aumentado com o passar dos anos e, sem dúvida alguma, uma das mais populares é a da Amazon, a Alexa. Tom Taylor começou o seu discurso na Web Summit destacando o que ia na cabeça de várias pessoas.
“Pode surpreender-vos porque é que estou aqui para vos dizer que devem falar menos com a Alexa”, e seguiu para um breve resumo da história que levou a esta conversa.
A Amazon lançou a Alexa há 7 anos e começou apenas com 13 comandos possíveis. Entretanto, com a evolução da assistente, atualmente conta com mais de 130 mil capacidades distintas com cerca de 900 mil desenvolvedores a trabalhar no melhoramento da assistente virtual.
A empresa acredita, através das análises às interações com a Alexa, que a assistente virtual está a fazer uma grande diferença na vida das pessoas. Isto porque nos últimos tempos “milhões de pessoas disseram ‘I love you’ à Alexa”.
Nas palavras de Taylor, a assistente virtual da Amazon “compreende-nos e está lá sempre que precisamos dela, conseguindo ainda fazer algo por nós sempre que necessário”. Com algum humor à mistura, o SVP da Alexa, deixou até a dica para as pessoas pedirem à assistente que lhes conte algumas “dad jokes” que ela seria capaz de os fazer rir.
Mas porque é que, sendo algo com tanto sucesso, devemos começar a falar menos com a Alexa?
“Todos os meses, milhões de pessoas utilizam a função Rotinas”, explica Tom, isto permite ao utilizador definir determinadas ações, de forma automática, com base no que envolve a assistente virtual.
Isto é possível devido à interação com outros equipamentos no âmbito das casas inteligentes. Atualmente é possível até pedir à assistente virtual da Amazon que, se ouvir determinado som, execute funções de forma automática e sem qualquer comando por parte do utilizador.
Um dos exemplos dados pelo funcionário da Amazon foi dirigido aos pais. “Podem pedir que sempre que a Alexa detete o som da Xbox a ligar comece a ditar a lista de tarefas por realizar aos vossos filhos”.
Desta frma, este comendo será executado futuramente sempre que a Xbox for ligada, facilitando o processo para os consumidores.
Com a Inteligência Artificial a tornar-se cada vez mais pró-ativa, os comandos executados pela Alexa “são executados pela assistente e não pelo utilizador”. Muito desta possibilidade deve-se, também, ao facto de inúmeros equipamentos conseguirem comunicar com a Alexa executando assim comandos rotineiros que permitem à assistente aprender o que deve fazer sempre que algo acontecer no seu ambiente de forma automática.
A empresa está atualmente focada em aprimorar os reconhecimentos de rotinas feitos pela assistente virtual da Amazon de forma a que esta comece a perceber que algumas coisas são, de facto, uma rotina que deve executar diariamente de forma automática enquanto que “por exemplo, só porque o utilizador indicou que gostou de uma determinada comida, esta não deve ser sugerida todos os dias”, explicou Tom.
Assim, o SVP da Alexa na Amazon terminou o seu discurso dizendo que a empesa está “ansiosa pelo futuro onde as pessoas podem falar menos com a Alexa e aproveitar melhor o tempo com a família”.