Análise Samsung Galaxy Z Flip 6 – O que era bom, ficou melhor, agora com Galaxy AI

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A linha de dobráveis da Samsung continua a aumentar e a ganhar cada vez mais fãs. Este ano, a empresa sul coreana lançou os novos equipamentos dobráveis em que as novidades principais foram direcionadas à Inteligência Artificial.

O Samsung Galaxy Z Flip 6 segue essa tendência e mostra-se como um dos dobráveis mais vistosos do mercado. um smartphone cada vez mais elegante e que chama a tenção de todas as pessoas pelo efeito dramático que oferece ao terminar uma chamada dobrando o smartphone ao meio.

Nas últimas semanas tivemos a oportunidade de testar o Samsung Galaxy Z Flip 6 e deixamos aqui a nossa opinião sobre um dos dobraveis mais agradáveis de se utilizar no dia a dia.

Caracteristicas gerais do Samsung Galaxy Z Flip 6

A Samsung pouco alterou ao formato do ano anterior com o lançamento do Samsung Galaxy Z Flip 6. A nível exterior, encontramos apenas um smartphone mais alinhado com a linha S, com todas as laterais mais direitas e um formato mais retangular.

Os cantos são arredondados, mas todo o equipamento está desenhado com as linhas retas em mente, o que lhe oferece um ar mais robusto e mais duradouro.

No exterior do Samsung Galaxy Z Flip 6 encontramos um ecrã Super AMOLED de 3,4 polegadas acompanhado por um ecrã principal, no interior, Dynamic AMOLED 2X de 6,7 polegadas com 120Hz de taxa de atualização.

O modelo que tivemos em teste contava com 12GB de memória RAM e 512GB de memória interna, existindo a possibilidade de ser comprado na versão com “apenas” 256GB de memória interna. A nível de processador podemos encontrar o Snapdragon 8 Gen 3 for Galaxy.

Quando fechado, na lateral direita encontramos os botões de volume e o botão ON/OFF que ficam na parte superior do smartphone, sendo que este segundo botão funciona também como leitor de impressões digitais.

Do lado esquerdo encontramos apenas a entrada para o cartão SIM, sendo que na parte de baixo temos então a entrada USB-C e o altifalante principal do Samsung Galaxy Z Flip 6.

No interior do smartphone encontramos uma melhoria muito solicitada, o aumento da capacidade da bateria que, este ano, chegou aos 4000mAh.

No campo das câmaras, a Samsung decidiu alterar um pouco o formato habitual e avançou com a implementação de uma câmara principal de 50MP acompanhada por uma ultra grande angular de 12MP, com abertura F/1.8 e F/2.2, respetivamente. No interior encontramos ainda uma câmara frontal de 10MP com abertura F/2.2.

Design que faz sentido, com uma dobra cada vez menos visível

A Samsung apostou numa grande alteração o ano passado na linha Z Flip e manteve-se fiel a essa mudança com o Samsung Galaxy Z Flip 6. O ecrã exterior passou a ganhar mais funcionalidade e este ano mantém-se um grande aliado para quem procura este formato mais compacto.

As ligeiras mudanças no design geral do equipamento deixaram-no ainda mais apelativo à vista, tendo arrancado alguns comentários positivos sempre que era pousado em cima da mesa.

O Samsung Galaxy Z Flip 6 tem um formato que é muito bem pensado para ser utilizado com uma só mão quando está fechado, para diversas atividades, e que permite o uso confortável quando está aberto.

Ao estar aberto torna-se apenas demasiado alto, o que pode não ajudar muito as pessoas com mãos mais pequenas a alcançarem o topo do ecrã.

A maior preocupação nestes equipamentos dobráveis é, lá está, o facto de serem dobráveis e qual será a durabilidade do ecrã numa utilização diária. Neste campo o Samsung Galaxy Z Flip 6 trouxe melhorias notáveis, com um novo mecanismo dobrável que permite tornar o vinco no meio do ecrã ainda mais discreto e quase impossível de ser visto assim como deixa o smartphone completamente plano quando está aberto.

Mesmo passando o dedo por cima do meio do ecrã, é muito menos notável a existência do vinco no centro. No entanto, a nível visual, o mesmo começou a notar-se um pouco mais com a utilização constante durante o período de testes.

Câmaras mais próximas de um topo de gama

Apesar de ter um preço elevado, o Samsung Galaxy Z Flip 6 continua a não ter direito a todas as características de um verdadeiro topo de gama.

Este ponto é mais notável no departamento das câmaras onde, apesar de não serem más, as câmaras utilizadas ainda não são as melhores que a empresa consegue introduzir num smartphone.

No caso do Samsung Galaxy Z Flip 6 temos a mesma câmara principal de 50MP utilizada no Galaxy S24, sendo acompanhada por uma ultra grande angular de 12MP e, no que diz respeito às câmaras, termina por aqui a oferta.

Apesar das opções mais limitadas neste departamento, o Samsung Galaxy Z Flip 6 consegue oferecer resultado muito bons, ao nível de qualquer topo de gama, especialmente com a câmara principal.

Aqui encontramos resultados finais com cores muito bem conseguidas, sem exageros na saturação e com a possibilidade de captar todos os detalhes do que estamos a ver.

Apesar de serem câmaras diferentes, as cores entre a principal e a ultra grande angular são garantidas, o que oferece uma boa continuidade entre as duas câmaras e permite ter fotografias com diferentes perspetivas sem alterar a tonalidade das fotos.

No campo do Zoom é que o Samsung Galaxy Z Flip 6 perde alguns pontos, uma vez que não tendo uma câmara dedicada para o efeito, acaba por estar um pouco limitado neste campo, o que cria algum grão nas fotos a partir de uma determinada distância.

Apesar de tudo, com as duas câmaras, o Samsung Galaxy Z Flip 6 consegue ser extremamente versátil e oferece resultados muito bons. O ecrã exterior pode ser utilizado como visor para que assim se consigam tirar sempre fotos com as câmaras principais, tirando assim a utilidade da câmara frontal que acaba por ser utilizada apenas para chamadas de vídeo.

As selfies ganham assim uma qualidade muito melhor que o habitual e uma versatilidade também maior, uma vez que com o formato do Samsung Galaxy Z Flip 6 é possível pousar o smartphone em quase qualquer sítio como se fosse um tripé para tirar as fotos à distância.

Galaxy AI 2.0

A apresentação dos novos dobraveis trouxe consigo uma nova versão da Galaxy AI, agora mais poderosa, mais capaz e com funcionalidade pensadas para os formatos mais dobráveis.

No entanto, de forma geral, isto são tudo funcionalidades que ainda não conseguem ser utilizadas regularmente no dia a dia de qualquer pessoa, tornando-se algo mais para o lado do entretenimento do que do funcional.

Claro que algumas funcionalidades são extremamente úteis, como a função de resumir ou traduzir textos em diversos idiomas, ou mesmo a que permite criar textos com diversos tons adaptados a diferentes situações, mas tudo o que envolva escrita e voz ainda não está disponível em Português de Portugal, uma atualização que a Samsung promete chegar até ao final do ano 2024, pelo que torna estas funcionalidade mais limitadas.

Por outro lado, algumas funções novas no departamento da edição de imagem tornam-se muito divertidas e oferecem uma ajuda em grande escala para personalizar o equipamento e mesmo para dar asas à imaginação dos utilizadores que podem agora ver as ideias desenhadas ganharem vida, seja nas notas ou mesmo noutras fotos.

Uma mini árvore branca ou um carro de luxo, tudo pode ser desenhado numa foto para depois a Galaxy AI converter numa imagem real que, de forma geral, se mostrou bastante capaz de oferecer resultados muito realistas em determinados cenários e com a habilidade artística cerca.

Autonomia melhorada

Sendo um dos pontos fracos da linha Z Flip sempre foi a questão da bateria e da autonomia que se conseguia com este equipamento. No entanto, este ano, com o Samsung Galaxy Z Flip 6 a empresa aumentou um pouco a capacidade da mesma para os 4000mAh, o que resultou numa melhoria significativa.

Com o modelo deste ano conseguimos passar um dia inteiro, com um uso moderado do smartphone, sem sequer ficarmos perto de estar sem bateria.

Sem sombra de dúvidas que estes valores oscilam imenso consoante o tipo de utilização do Samsung Galaxy Z Flip 6. No nosso caso, existiu sempre um equilíbrio entre o uso do ecrã exterior e interior, com muitas mensagens a serem respondidas no ecrã mais pequeno e mesmo alguma navegação nas redes sociais a acontecer neste ecrã mais pequeno.

O ecrã interior acabou por ser utilizado para atividades mais especificas e que, de facto, necessitavam de um ecrã maior para mostrar todo o conteúdo ou para oferecer uma experiência de navegação correta.

Uma aplicação para usar outras aplicações

Um ponto que ainda não conseguimos entender e que se manteve no Samsung Galaxy Z Flip 6 é o facto de a empresa oferecer a hipótese de utilizar apenas um restrito leque de aplicações no ecrã exterior de origem.

No entanto, a Samsung oferece depois a hipótese de utilizar a aplicação Good Lock para que os utilizadores possam colocar qualquer outra aplicação que esteja instalada a correr no ecrã exterior.

Este é um passo que, sinceramente, não nos faz sentido algum, uma vez que esta opção devia estar disponível logo de origem e sem que fosse necessário recorrer a outras aplicações que, por sua vez, são disponibilizadas através da Galaxy Store.

Conclusões

O Samsung Galaxy Z Flip 6 pode aparentar ser muito semelhante ao modelo do ano passado, mas a verdade é que melhorou diversos pontos que haviam falhado há um ano, tornando este smartphone algo ainda mais agradável de utilizar.

Na nossa opinião, este formato concha é a utilização correta para os smartphones dobraveis, uma vez que permite levar um smartphone normal dentro de qualquer bolso ou bolsa sem comprometer quase nada por adotar este formato mais compacto.

O Samsung Galaxy Z Flip 6 trouxe melhorias no design, que se tornou mais alinhado com a imagem atual da empresa e que oferece um conforto ainda melhor para a mão do utilizador.

Além disso, as funcionalidades de AI permitem uma maior personalização do equipamento e ajudam a tirar um maior proveito do ecrã exterior, ao conseguir criar imagens únicas para cada utilizador

O Samsung Galaxy Z Flip 6 resolveu um dos problemas mais falados desta linha, a baixa autonomia, aumentando a capacidade da bateria e juntando o novo processador da Snapdragon, a Samsung conseguiu oferecer aos utilizadores um equipamento que já consegue aguentar um dia inteiro longe da corrente sem problemas.

A utilização deve ser moderada, mas foi uma melhoria grande face ao modelo do ano passado. No entanto, a bateria maior e o processador mais capaz ainda não foram suficientes para que a Samsung colocasse o DeX neste equipamento, algo que fazia todo o sentido num formato tão compacto.

No entanto, percebemos que poderá ser mesmo por uma questão de bom funcionamento do equipamento, uma vez que mesmo tendo agora um sistema de arrefecimento mais eficiente, o Samsung Galaxy Z Flip 6 continua a aquecer com muita facilidade na metade superior quando está a fazer algum tipo de atividade mais exigente.

Ao utilizar o GPS por longos períodos ou mesmo a gravar vídeos ou tirar fotos, o aquecimento na zona superior é notável, o que poderia ser complicado de gerir com o modo DeX.

No entanto, de forma geral, o Samsung Galaxy Z Flip 6 veio para oferecer aos utilizadores as melhorias que eram necessárias fazer no Galaxy Z Flip 5, tendo sido um sucesso nessa tarefa. A Galaxy AI continua a ser uma aposta forte da empresa, mas ainda não está 100% operacional para o mercado português, o que lhe tira um pouco do apelo.

O Samsung Galaxy Z Flip 6 está à venda por um PVPR que começa nos 1249.90€.

Agradecemos à Samsung por nos ter disponibilizado o Samsung Galaxy Z Flip 6 para análise.

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