Análise Samsung Galaxy Z Fold6 – O dobrável com espaço para melhorias, mas que acaba por cativar

Os smartphones dobráveis são um tipo de equipamentos que têm muito por onde se pode pegar. Apesar do Samsung Galaxy Z Fold6 ser uma das referências para este tipo de smartphones, existem muitas empresas a fazer diversos tipos de gadgets semelhantes e que tentam sempre ser diferentes da concorrência.

O Samsung Galaxy Z Fold6 não é o mais fino do mercado, não é o que tem a dobra no ecrã menos visível do mercado, não é o mais confortável em todas as formas de utilização, mas no final do dia é um equipamento que continua a cativar os utilizadores e mesmo nós aqui no TechBit.

Samsung Galaxy Z Fold6
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Seja pela experiência da UI da Samsung, pela dobradiça robusta, pela suavidade em abrir e fechar o smartphone, ou mesmo pela conveniências de ter um ecrã maior e um tripé para tirar fotos sempre à mão, há muitos pontos positivos no Samsung Galaxy Z Fold6, que vamos abordar nesta análise.

Características do Samsung Galaxy Z Fold6

O Samsung Galaxy Z Fold6 é um equipamento de topo (em quase todos os pontos) que oferece ao utilizador a possibilidade de ter um smartphone comum que se transforma facilmente num pequeno tablet.

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Este processo todo é feito num corpo, dobrado, de 153.5 x 68.1 x 12.1 mm e, quando aberto, de 153.5 x 132.6 x 5.6 mm, pesando no total 239g. Não é o mais fino do mercado nem o mais leve, mas de forma geral oferece um conforto agradável na mão.

O corpo é feito com Armor Aluminium para reforçar o Samsung Galaxy Z Fold6 e o ecrã conta com proteção Corning Gorilla Glass victus 2, garantindo assim uma camada de proteção elevada ao smartphone.

Samsung Galaxy Z Fold6

O Samsung Galaxy Z Fold6 vem equipado com o processador Snapdragon 8 Gen 3 for Galaxy, acompanhado de 12GB de memória Ram e um armazenamento interno que pode ser de 256GB, 512GB ou 1TB.

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No que diz respeito aos dois ecrãs do smartphone, o exterior é de 6.3 polegadas, Dynamic AMOLED 2X com uma taxa de atualização até 120 Hz, ao desdobrar o equipamento encontramos então um ecrã também Dynamic AMOLED 2X, com 7.6 polegadas mantendo a taxa de atualização igual ao ecrã exterior.

Este ano a Samsung fez algumas alterações no design das câmara traseira e na configuração do módulo triplo. Assim sendo o Samsung Galaxy Z Fold6 conta com uma câmara principal de 50MP, uma ultra grande angular de 12MP e uma telephoto de 10MP com aberturas f/1.8, f/2.2 e f2.4, respetivamente. No fundo, o mesmo conjunto que podemos encontrar no Samsung Galaxy S24.

Samsung Galaxy Z Fold6

No ecrã exterior temos uma câmara integrada de de 10MP, com abertura f/2.2, e quando desdobrado a empresa manteve a câmara debaixo do ecrã com 4MP e uma abertura f/1.8.

Em termos de bateria, a Samsung não foi muito longe em termos de capacidade, tendo-se mantido nos 4400 mAh que a empresa promete aguentar um dia inteiro de utilização moderada.

Um ponto forte do Samsung Galaxy Z Fold6 é que mantém a compatibilidade com o sistema DeX que oferece uma experiência semelhante a um computador bastando para isso ligar o equipamento a uma televisão ou monitor.

Com a One UI 6.1.1 e com Android 14 de origem, a empresa garante os 7 anos de atualizações, o que significa que este smartphone vai receber atualizações até 2031. O leitor de impressões digitais está inserido no botão lateral ON/OFF, um local bastante prático para o mesmo.

Samsung Galaxy Z Fold6

O preço do Samsung Galaxy Z Fold6 começa nos 1899.90€, um valor elevado quando comparando a alguns concorrentes, mas que se mantém dentro daquilo que a empresa tem vindo a praticar ao longo das 6 versões desta linha de equipamentos.

Talvez, um dos equipamentos mais resistentes dos últimos tempos

Normalmente nas nossas análises não costumamos ter muitas certezas no que diz respeito à resistência e durabilidade dos smartphones uma vez que não podemos fazer testes de quedas e afins para ver quando os mesmos partem.

No entanto, sorte ou azar, o Samsung Galaxy Z Fold6 acabou por ser submetido a um testes destes de forma não planeada.

Samsung Galaxy Z Fold6

Dando algum contexto, falamos de um acidente de viação em que uma carrinha embateu no carro, a uma velocidade elevada, sem qualquer travagem e que fez com que não só o carro que levou o embate ficasse sem salvação possível, mas também levou o smartphone a ser disparado do suporte do automóvel com a força do impacto e a embater diretamente no para-brisas seguindo-se algumas pancadas por todos os cantos enquanto o embate não acalmava.

No meio desta confusão toda, e já a prever um cenário de dois ecrãs partidos, uma carcaça muito danificada ou até mesmo dobrada em algum ponto, podemos garantir que o smartphone se manteve quase como novo.

De todos os impactos, só mesmo um é que provocou uma pequena lasca num dos cantos do Samsung Galaxy Z Fold6, tendo tudo o resto ficado tal e qual como estava antes de qualquer teste de resistência forçado.

Samsung Galaxy Z Fold6

Assim sendo, damos os parabéns à Samsung por criar um equipamento que, dentro da tecnologia que ainda não conseguiu convencer todos os utilizadores quanto à durabilidade, conseguiu sobreviver a todos estes impactos com partir nada.

Processamento sem arrastos

Como seria de esperar e como se tem verificado nos lançamentos da linha Z Fold, o processamento de informação decorre sempre sem arrastos, bloqueios ou qualquer problema semelhante.

Seja com o ecrã de maiores dimensões ou com o ecrã mais pequeno, o Samsung Galaxy Z Fold6 consegue ser um instrumento de entretenimento ou de trabalho com capacidades de topo.

Samsung Galaxy Z Fold6

Seja com várias aplicações a correr em simultâneo ou a jogar algo mais puxado, tudo acontece com suavidade e rapidez como um verdadeiro topo de gama. Mesmo no modo DeX as aplicações correm sem qualquer problema ou arrasto, o que ajuda imenso nos momentos em que um computador pode dar jeito, mas não se tornou prático transportar o mesmo.

Um formato que ainda não está no ponto certo

Apesar de várias gerações já terem sido lançadas, ainda não foi desta que a Samsung acertou com o formato escolhido para o smartphone.

Não precisamos que seja o mais fino do mercado nem que seja o mais leve, mas de facto, utilizar o Samsung Galaxy Z Fold6 fechado não é a melhor experiência possível em diversos aspetos.

Samsung Galaxy Z Fold6

O formato mais estreito que os smartphones comuns torna o equipamento menos confortável de ter na mão e mais difícil de utilizar para escrever o que quer que seja, pois o teclado fica muito pequeno e apertado, dificultando a vida de quem tem dedos mais largos.

Já quando está aberto, a escrita torna-se mais confortável, utilizando as duas mãos, mas há muito espaço que fica apenas a preto com um vídeo a reproduzir, pelo formato mais quadrado que acaba por adotar. No entanto, nos dois formatos, acabamos sempre por o utilizar na grande maioria desdobrado por ser a forma mais confortável, mas é também a menos prática.

Autonomia de extremos

No que diz respeito à autonomia do Samsung Galaxy Z Fold6, a empresa oferece aqui um pouco de extremos. Ou temos uma autonomia que aguenta um dia sem problema algum, ou uma autonomia que a meio do dia já está a acabar.

Claro que, uma vez mais, este é um ponto que varia bastante de pessoa para pessoa e também dependendo do tipo de utilização que é feita.

Samsung Galaxy Z Fold6

No caso, se passarmos um dia inteiro a utilizar maioritariamente o ecrã mais pequeno e não estivermos com longos períodos de jogos mais pesados, o Samsung Galaxy Z Fold6 consegue oferecer cerca de um dia de utilização sem grandes problemas.

Já no caso em que o ecrã maior é o mais utilizado, a bateria já não se aguenta assim tão bem. O consumo de energia torna-se muito maior e leva a que a meio da tarde o smartphone já esteja na casa dos 30%, o que impossibilita chegar ao final do dia com bateria de sobra.

Câmaras muito boas, mas deviam ser melhores

Olhando para o preço do Samsung Galaxy Z Fold6 seria de esperar um conjunto de câmaras mais completo e melhor que o que é integrado. Mesmo sendo um conjunto triplo que em nada desilude, a Samsung tem melhor e podia facilmente ser integrado neste equipamento.

Sendo um equipamento mais focado no multitasking do que na fotografia, conseguimos compreender a decisão da empresa, mesmo que não seja o cenário que idealizamos.

No entanto, não é por isso que o smartphone passa a ser considerado inferior no campo da fotografia. Pelo contrário, os resultados finais mantém o nível de topo que seria esperado deste género de smartphone.

As três câmaras do Samsung Galaxy Z Fold6 têm um excelente equilíbrio entre elas. O resultado final conta com cores iguais, um contraste idêntico, um equilíbrio de brancos bem trabalhado entre as três câmaras que permite, juntando tudo, fazer uma sequência de imagens com diversas distâncias sem acabarmos com imagens que parecem ter sido tiradas por diferentes equipamentos.

A maior diferença entre as três câmaras prende-se no facto da ultra grande angular não conseguir captar tantos detalhes nas zonas mais escuras, o que pode levar a uma imagem ligeiramente mais escura de forma geral.

A câmara principal não desilude em qualquer cenário, apresentando sempre cores bastante bem trabalhadas e um equilíbrio de tons muito realista e sem fugir para o campo dos exageros no que diz respeito ao pós processamento de imagem.

Avançando para as fotos noturnas, o Samsung Galaxy Z Fold6 não podia falhar uma vez que este tem sido um dos focos principais de todas as empresas, inclusive da Samsung, no que diz respeito à fotografia mobile.

No entanto, à noite, já se nota pequenas diferenças entre as três câmaras, com a telephoto a oferecer um resultado com mais grão e menos capacidades em termos de HDR, a ultra grande angular a perder apenas um pouco dos detalhes e a lidar menos bem com as luzes mais fortes e, por fim, com a câmara principal a conseguir um resultado bem trabalhado e muito fiel à realidade do ambiente fotografado.

Galaxy AI e modos de aproveitar o Samsung Galaxy Z Fold6

A Galaxy AI tem vindo a evoluir desde que foi apresentada no início do ano, com os modelos dobráveis a serem os primeiros a trazer a segunda versão do modelo de Inteligência Artificial da Samsung.

No entanto, por muitas utilidades que possam existir no papel, a verdade é que ainda não conseguimos tirar proveito de todas elas com a qualidade que desejávamos por ainda não estarem disponíveis em português de Portugal.

Samsung Galaxy Z Fold6

No entanto, do que conseguimos utilizar mais recorrentemente, podemos confirmar que algumas funcionalidades fazem a diferença no dia a dia e funcionam muito bem. O maior destaque vai para a funcionalidade Intérprete que, recorrendo ao Inglês, funciona de forma bastante rápida e precisa no que diz respeito a comunicar com outras pessoa em diferentes línguas.

Também a funcionalidade de resumir textos e páginas com um simples toque se mostra bastante útil para obter informações de forma mais concisa e direta.

Samsung Galaxy Z Fold6

Mas não só de IA é feito o Samsung Galaxy Z Fold6. Aliás, o grande foco são as vantagens que conseguimos obter com este formato dobrável em diferentes aplicações e diferentes tarefas.

O facto de podermos dobrar o equipamento num ângulo de 90 graus e utilizar o mesmo como tripé para tirar uma foto é algo que dá sempre jeito em diferentes contextos. Além disso, com os dois ecrãs disponíveis e conseguindo um local estável para manter o equipamento em pé desdobrado, podemos utilizar o ecrã externo para vermos o que estamos a fotografar ou filmar, recorrendo às câmaras principais que oferecem um resultado final muito melhor que as câmaras frontais.

Samsung Galaxy Z Fold6

Ver vídeos neste forma é também uma experiência mais cómoda, não sendo necessário procurar algo onde apoiar o equipamento, podendo ajustar o ângulo para termos a visão perfeita.

Totalmente aberto conseguimos tirar um melhor proveito do multitasking uma vez que conseguimos ter duas aplicações a correr no formato normal sem cortes ou quebras na informação disponibilizada. Podemos ainda colocar um maior número de aplicações a funcionar ao mesmo tempo sem ficarmos com um espaço demasiado reduzido para cada janela.

Um equipamento apelativo, mas com espaço para melhorar

Com uma aposta cada vez mais forte de todas as marcas no mercado dos dobráveis, a Samsung vai ter de começar a desenvolver mais este formato para não perder terreno.

O Samsung Galaxy Z Fold6 é, sem sombra de dúvidas, um equipamento que se continua a destacar e que, mesmo não tendo o formato mais agradável, acaba por cativar o utilizador quando o utiliza no dia a dia.

Samsung Galaxy Z Fold6

No entanto, o ecrã de fora continua a não ser o mais confortável de se utilizar, sendo demasiado estreito para podermos dizer que oferece a mesma experiência de um smartphone normal. Além disso, quando aberto, torna-se demasiado grande para ser o formato preferencial de utilização nas atividades do dia a dia, então falta melhorar aqui o ponto intermédio para podermos ter, de facto, um smartphone normal que se desdobra e se torna um pequeno tablet.

No campo das fotos, compreendemos o facto da linha Galaxy S receber o melhor que a empresa tem para oferecer e nos dobráveis termos muito boas câmaras mas não as melhores. No entanto, a expectativa num equipamento de valor elevado como o Samsung Galaxy Z Fold6 é de que vamos receber tudo o que de melhor existe na empresa.

O formato de oferecer um ecrã maior é muito bom para o consumo multimedia e para ter muita informação em simultâneo num só ecrã que cabe dentro do bolso das calças, contando sempre com a presença de um formato mais reduzido que facilmente é utilizado com uma só mão.

Samsung Galaxy Z Fold6

Um grande destaque para a resistência do equipamento que, num momento em que tudo indicava que estaria com todos os ecrãs partidos, conseguiu sair quase sem marca alguma, o que demonstra que já não se trata de uma tecnologia pouco fiável como ainda existem muitos crentes. Os smartphones dobráveis podem durar tanto ou mais tempo que um equipamento “normal”, depende sempre de diversos fatores e acontecimentos.

A autonomia pode ser boa ou ficar aquém do desejado. Aqui vai depender, não só do tipo de utilização durante o dia, como também do ecrã mais utilizado. A discrepância entre as duas utilizações torna-se um pouco grande, algo que não é colmatado com um carregamento mais rápido, uma vez que precisa de cerca de hora e meia para carregar na totalidade.

Samsung Galaxy Z Fold6

De forma geral, o Samsung Galaxy Z Fold6 é um equipamento sólido, duradouro e com características, na grande maioria, de um topo de gama com o que a empresa tem de melhor para oferecer, tendo, no entanto, espaço para melhorar vários pontos de forma a ir de encontro ao que o mercado gostaria de ver. Mesmo assim, é um smartphone que acaba sempre por nos cativar e que nos agrada utilizar no dia a dia.

O Samsung Galaxy Z Fold6 tem um PVPR que começa nos 1899.90€ e que aumenta consoante a versão escolhida.

Agradecemos à Samsung por nos terem disponibilizado o Samsung Galaxy Z Fold6 para análise.

Samsung Galaxy Z Fold6

A partir de 1899.90€
8.9

Qualidade de construção

10.0/10

Autonomia

7.5/10

Câmaras

9.0/10

Performance

9.5/10

Design

8.5/10

Pros

  • Construção robusta e resistente a impactos fortes
  • Experiência multimedia
  • Interface bem desenvolvida para se adaptar ao formato dobrável

Contras

  • Autonomia com grandes discrepâncias
  • Formato do ecrã exterior que é, ainda, muito estreito
  • Carregamento podia ser mais rápido
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