Os tempos atuais obrigam a que a tecnologia esteja muito mais presente nas nossas vidas que há uns anos. O teletrabalho passou a ser praticamente obrigatório para um grande número de pessoas e os ataques informáticos de ransomware começaram a subir em grande escala.
A Check Point Research (CPR), área de Threat Intelligence da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), fornecedor líder global de soluções de cibersegurança, divulgou uma perspetiva de como estes ataques aumentaram nos últimos 2 e 6 meses, a nível nacional e mundial.
Ataques de ransomware a nível nacional por semana
Nos últimos 2 meses houve um aumento significativo (70%) nos ataques semanais. Estes valores aumentaram também analisando os últimos 6 meses (126%) e, no último ano, registou-se um aumento de 265% de ataques, por semana, de ransomware em Portugal.
A nível global os números parecem menos alarmantes, mas não deixam de ser preocupantes. Verificou-se um aumento de 20% nos últimos 2 meses levando a que, no último ano, tenha aumentado 93%.
Os dados divulgados pela Check Point Research mostram que 1115 organizações foram afetadas semanalmente por ataques de ransomware apenas durante o mês de maio de 2021.
Educação é o alvo principal
No que diz respeito aos setores mais afetados, existe uma preferência no setor da educação.
No último ano, os ataques semanais a este setor aumentaram cerca de 347%, seguido pelo setor dos transportes (186%), depois o do Retalho/Vendas (162%) e logo de seguida o da Saúde (159%).
Analisando um panorama mundial, nos últimos dois meses o continente que sofreu um maior aumento de ataques de ransomware foi África, com um aumento de 38%, e a Europa que registou um aumento de 27%.
Nos últimos seis meses o cenário torna-se ligeiramente diferente e podemos verificar o maior aumento, de 62%, na América Latina, seguido pelo continente europeu que teve um aumento de ataques de 59%.
Lotem Finkelsteen, Head of Threat Intelligence at Check Point Software, indica que “O negócio do ransomware está em plena expansão. Estamos a ver surtos globais de ransomware em todas as grandes geografias, especialmente nos últimos 2 meses.”
Finkelsteen acrescenta ainda que o modelo de negócio destes ataques de ransomware é bastante lucrativo, acabando assim por incentivar cada vez mais o hackers a tornarem-se mais criativos nos ataques que realizam, “introduzindo métodos como a “tripla extorsão”, onde os agentes maliciosos não só exigem o pagamento de um resgate, como ameaçam os clientes, utilizadores e parceiros”