Ciberameaças no setor da Defesa aumentam devido ao conflito entre a Ucrânia e a Rússia

A S21sec identificou num dos seus relatórios uma intensificação de ciberameaças contra os governos ocidentais aliados da Ucrânia, com o objetivo de afetar infraestruturas críticas associadas a setores como o militar, logístico ou governamental.

Neste sentido, o Conselho da União Europeia publicou um aviso dos riscos de ciberataques relacionados com a guerra da Ucrânia aos países europeus.

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A maioria das ciberameaças dirigem-se a países da NATO

O relatório semestral, Threat Landscape Report, da S21sec, uma das fornecedoras líderes de cibersegurança na Europa, destacou a existência de uma intensificação de ciberameaças dirigidas aos governos ocidentais aliados à Ucrânia, com um foco maior nos Estados que têm um papel importante na NATO.

“A maioria dos ataques tem como objetivo obter informação sensível dos Estados que têm um papel importante na NATO, com a finalidade de os destabilizar, pelo que é fundamental que todas as agências governamentais reforcem a sua operação de segurança tendo em vista o prolongamento do conflito cada vez mais cibernético entre a Rússia e a Ucrânia”

Hugo Nunes, responsável da equipa de Intelligence da S21sec em Portugal
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Com base no relatório da S21sec, e de acordo com a Microsoft, os serviços de inteligência russos mostraram esforços de intrusão nas redes de 42 países diferentes com 128 alvos de ataques específicos.

A S21sec juntou os principais grupos que ameaçam o setor da Defesa dando destaque aos grupos APT (Advanced Persistent Threats), que levaram a cabo ciberataques avançados contra alvos militares e de defesa com o objetivo de identificar as vulnerabilidades dos organismos estatais, aceder a informações sensíveis e tentar provocar dano às infraestruturas de suporte dessas organizações.

Entre as diversas ciberameaças registadas pelos especialistas, foram encontradas um total de 44 famílias de ransomware que afetam todo o tipo de setores. Dentro desta tipologia de ciberataques a S21sec localizou alguns grupos com uma maior atividade contra a indústria da Defesa, como: LockBit 3.0, BlackCat (ALPHV) e Black Basta.

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O panorama dos grupos hacktivistas alterou-se desde o início da guerra contra a Ucrânia, com a participação dos chamados coletivos pró-russos e pró-ucranianos. A S21sec destaca neste relatório os grupos que se converteram nas principais ciberameaças contra empresas ou organizações do setor da Defesa, como é o caso do grupo Adrastea, que atacou uma empresa europeia de fabrico de mísseis.

Por outro lado, os grupos APT, que contam com uma alta capacidade de atuação e infeção, impactaram algumas organizações de Estados pertencentes à NATO. O estudo da S21sec assegura que este tipo de atores realizou ações de ciberespionagem contra entidades do setor da Defesa da União Europeia. Para além disso, assinala que estas ações são patrocinadas por Estados com apoio dos seus serviços de inteligência.

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