Ciberataques não preocupam 46% dos portugueses

A mentalidade de “só acontece aos outros” é muito comum no dia a dia dos portugueses, mas parece que este pensamento também se aplica no que diz respeito a ciberataques.

O primeiro estudo levado a cabo pela Sophos em Portugal concluiu que 46% dos portugueses não sente que esteja vulnerável a ciberataques. A formação a nível nacional sobre este tema parece estar abaixo do esperado com um elevado número de pessoas sem formação concreta a achar que está informada sobre a temática.

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Portugueses não se mostram muito preocupados com ciberataques

O estudo tinha como objetivo avaliar o nível de cibersegurança da população portuguesa que, como foi possível concluir, não parece ser uma das principais preocupações das pessoas.

“Este é um número interessante, mas uma atitude muito perigosa por parte da população portuguesa. Idealmente deveríamos ver o oposto,” alerta Chet Wisniewski, Principal Research Scientist da Sophos.

Com o número de ataques informáticos a aumentar em grande escala, era de esperar que os portugueses estivessem mais preocupados com estas questões. No entanto, a culpa pode não ser diretamente da população em geral.

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O mesmo estudo concluiu que, mesmo sem se sentirem em risco, pelo menos 28% da população já sofreu um incidente de cibersegurança no último ano, tal como mais de metade (51%) conhece alguém que já teve um problema do género no mesmo período.

A obrigação ao teletrabalho parece ter elevado ligeiramente os números uma vez que a maioria dos inquiridos que já sofreu ou que conhece alguém que tenha sofrido um ataque informático encontra-se em teletrabalho.

O estudo permitiu ainda perceber que uma grande percentagem (78%) da população portuguesa nunca teve qualquer tipo de formação em cibersegurança, um valor que, segundo a empresa, está muito distante da média mundial e pode explicar a grande falta de preocupação com o assunto.

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Neste campo de formação sobre cibersegurança os resultados mostraram que, nesta área, a percentagem de utilizadores formados é superior entre os homens; entre quem está em teletrabalho e entre os que já tiveram algum episódio de risco informático.

“Apenas cerca de 1 em cada 5 portugueses recebeu formação numa das áreas mais prementes da atualidade; este número é excecionalmente baixo para a altura em que vivemos,” comenta Chet Wisnieski. “A formação regular e a sensibilização constante da população são fatores que podem contribuir muitíssimo para a prevenção de incidentes de cibersegurança, pelo que instamos todas as empresas a que implementem programas de formação com a maior rapidez possível, para contrariar esta tendência.”

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Pouca formação, mas alguns cuidados de segurança

Mesmo sem terem formação adequada, 74% dos inquiridos pela Sophos acreditam ter um nível médio de conhecimento sobre cibersegurança, sendo este número superior também entre o sexo masculino.

Apesar dos valores preocupantes apresentados, 62% dos inquiridos utiliza um antivírus. Existe ainda uma grande percentagem (61%) de utilizadores que utilizam passwords fortes e diferentes de serviço para serviço.

A autenticação por dois fatores é utlizadas por 51% dos utilizadores que participaram no estudo e 49% utilizam ferramentas de filtro de email e anti-spam.

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No que diz respeito aos equipamentos móveis, a grande maioria dos portugueses (90%) utiliza algum tipo de serviço de segurança no telemóvel (que vai desde os antivírus às ferramentas de limpeza de ficheiros ou a sistemas de bloqueio de segurança).

Já 78% dos inquiridos diz que tem atenção ao conteúdo que descarrega nos smartphones especialmente quando se tratam de aplicações, que indicam apenas realizar o download através de sites e lojas oficiais e fiáveis.

Por outro lado, apenas 26% dos inquiridos considera as redes sociais seguras – “no entanto, praticamente toda a gente as utiliza. Isto é interessante, medida em que nos prova também que, muitas vezes, o conhecimento não equivale à ação,” finaliza Chet Wisniewski no comunicado.

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