Dicas para poupar dinheiro com a compra dos eletrodomésticos da cozinha

A cozinha é um dos centros principais de uma casa e é também onde, por norma, existe um maior investimento em termos de eletrodomésticos com o intuito de poupar dinheiro ao fim do mês com a utilização dos mesmos. Mas com uma oferta enorme de mercado e com diferentes tecnologias presentes em diferentes equipamentos, poderá ser confuso perceber qual a escolha mais acertada.

Desde a escolha do frigorifico à escolha da máquina de lavar roupa, todos os equipamentos podem ser mais eficazes recorrendo a diferentes tecnologias que as diversas marcas oferecem e nem sempre nos devemos prender a uma só empresa, pois quem fabrica excelentes máquinas de lavar roupa poderá não ter fornos tão competitivos.

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De forma a ajudar um pouco com estas compras, deixamos algumas dicas de como escolher os novos eletrodomésticos para a cozinha aproveitando o que de melhor a tecnologia tem para oferecer na poupança de luz, água, gás e conservação de alimentos.

A etiqueta energética explica onde pode poupar dinheiro

As etiquetas energéticas dos equipamentos são pontos excelentes para ter em conta as formas que tem de poupar dinheiro consoante o consumo de cada eletrodoméstico. No entanto, com a última atualização das mesmas, muitos consumidores ficaram confusos por verem todos os equipamentos anteriormente classificados como A+++ caírem para letras como um C ou um D.

A alteração das etiquedas ocorreu durante o ano de 2021 e desde aí que os consumidores começaram a mostrar uma grande preocupação por não encontarrem muitos eletrodomésticos com uma classificação energética A (uma vez que agora esta é a classificação mais alta que pode ser atribuída).

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Mas mais importante que comparar as letras, é comparar os consumos de cada equipamento. Dando um exemplo prático, por vezes poderá encontrar máquinas de lavar roupa com classificações energéticas diferentes sendo que uma classificada como A consome cerca de 54KWh em 100 lavagens enquanto a que está classificada como B consome 56KWh em 100 lavagens.

Ou seja, uma diferença extremamente reduzida em termos de consumo, mas que poderá aumentar a diferença de preços entre os dois equipamentos em mais de 100€. Um investimento que poderá não justificar na maioria dos casos devido à poupança final que oferece VS o valor inicial investido na compra.

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Para poupar dinheiro mais vale ler os números e não as letras. Para entender melhor como funcionam as novas etiquetas energéticas, a Deco Proteste criou um PDF com toda a informação detalhada e com imagens que ajudam a compreender melhor como tudo funciona.

Frigoríficos: o maior gasto de energia na cozinha está aqui

O frigorifico é, sem sombra de dúvidas, o eletrodoméstico que maior consumo vai criar numa cozinha, isto também porque estamos a falar do único equipamento que vai estar ligado todos os dias sem parar.

Neste tipo de equipamentos existem diversas coisas a ter em consideração: a etiqueta energética, o espaço de congelação e de frio e o tipo de tecnologia de frio utilizada.

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No caso das etiquetas energéticas, já sabe, para poupar dinheiro deve olhar para os números e não para as letras. Tenha sempre em atenção que quanto maior o espaço de congelação maior será o gasto de energia, mas se o espaço extra lhe fizer falta então é um investimento que lhe poderá poupar algum dinheiro na questão da alimentação, uma vez que vai ganhar mais espaço para armazenar comida por mais tempo.

Outro fator a ter em conta é o tipo de tecnologia de frio que encontra nestes eletrodomésticos. Podemos encontrar três categorias de frigoríficos diferentes: os estáticos, os Low Frost/Neo Frost e os No Frost.

Quando falamos em estáticos estamos a falar dos tradicionais, sem qualquer tipo de ventilação e que, de vez em quando, vão precisar de ser desligados para efetuar a limpeza e retirar todo o gelo acumulado no equipamento. Além de que poderá criar com alguma facilidade alguma água a escorrer na parte de trás do interior do frigorifico. Estes são os equipamentos, por norma, mais baratos na altura da aquisição, mas não são nem de perto os que melhor conservam os alimentos ou os que menos energia gastam.

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No meio termo encontramos a tecnologia Low Frost/Neo Frost (consoante as marcas, o nome poderá variar). Estes frigoríficos por norma conta com uma ventoinha na zona do frigorífico para fazer alguma circulação do ar no interior do equipamento o que ajuda a evitar que apareça com tanta facilidade qualquer tipo de água a escorrer no fundo do equipamento. Além disso, conseguem fazer uma gestão de frio mais eficaz permitindo adiar a limpeza do mesmo uma vez que vais criar menos gelo no equipamento que os estáticos.

No topo da cadeia encontramos então a tecnologia No Frost, sendo esta a tecnologia, por norma, mais cara mas também a que melhor poderá preservar os alimentos e ajudar a poupar dinheiro apenas pelo seu funcionamento. Neste tipo de equipamentos não vamos ver nenhuma criação de gelo nas paredes internas do eletrodoméstico nem nenhuma água a escorrer no fundo do mesmo.

Esta é a tecnologia de frio que menores consumos elétricos consegue oferecer, em média, mas é a mais cara de todas no ato da compra, além de obrigar a uma arrumação mais cuidada dos alimentos uma vez que o ar no interior será mais seco, podendo estragar alguma comida se esta não estiver devidamente selada. O conselho é guardar tudo dentro de um tupperwar de forma a preservar melhor a comida sem que esta se estrague.

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Algumas marcas promovem que a tecnologia No Frost aliada a sistemas de ventilação individuais conseguem conservar os alimentos por 2x mais tempo que um sistema de frio convencional.

Além do tipo de tecnologia de refrigeração utilizado, deverá ter em atenção sistemas de congelação rápida (que podem ser úteis para acelerar o processo de congelação de grandes quantidades de alimento de forma a preservar melhor os nutrientes) assim como controlos de temperatura precisos e alarmes que indiquem quando a temperatura sobe demasiado ou quando a porta fica mal fechada.

Máquinas de lavar a roupa

Lavar a roupa é sempre uma preocupação diária na casa de qualquer família. Em média, estima-se que a maioria das famílias portuguesas coloca a máquina de lavar roupa a funcionar 3 a 4 vezes por semana (dependendo sempre no número de pessoas em casa), tornando-se portanto um eletrodoméstico com um uso bastante considerável no dia a dia de todos nós.

No entanto, também existe uma ideia muito errada de como funcionam as máquinas ao dia de hoje. Os consumidores ficam preocupados com a oferta existente no mercado e com a quantidade de KG que devem comprar.

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Atualmente o mais comum é adquirir uma máquina de 8/9KG que para algumas pessoas poderá parecer um exagero e um desperdício de água por acharem que vão sempre colocar menos roupa dentro da máquina que a capacidade máxima. No entanto, aos dias de hoje, praticamente todas as máquinas (incluindo as de marca branca) já não contam com o tradicional botão de meia carga mas sim com um sensor de peso no interior.

Desta forma, tendo uma máquina de 9KG mas colocando apenas 5KG dentro a mesma para lavar, o que vai acontecer é que o equipamento irá colocar apenas a quantidade de água necessária para o peso de roupa no interior e não para a capacidade máxima, desta forma evita-se o desperdício de água e o consumidor consegue poupar algum dinheiro nas contas ao final do mês.

Além do sensor de peso, as máquinas de lavar contam com uma enorme panóplia de tecnologias incorporadas que ajudam na poupança. Sistema de inteligência artificial para um ajuste de todos os programas ao peso de roupa, assim como ajustes de temperatura automáticos e conselhos via aplicação de qual o programa mais indicado para o tipo e quantidade de roupa colocado no interior.

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Escolher o programa ideal é uma das formas de poupar dinheiro, pois não adianta lavar roupa muito suja num programa rápido apenas para a máquina trabalhar menos tempo se depois a lavagem não é tão eficaz e obriga a uma segunda lavagem da mesma roupa.

Deverá ter em atenção também o tipo de motor utilizado pelas máquinas. Um motor convencional vai ser mais barato que um motos Inverter, mas também vai ser mais barulhento e consumir mais luz que os Inverter, que acabam por exigir um esforço menor para trabalharem além de, por norma, as marcas oferecerem 10 anos de garantia nesta peça.

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Um ponto importante a ter em consideração é que o programa económico destas máquinas vai ser sempre um dos mais demorados, isto porque a máquina vai utilizar temperaturas mais baixas e menos exaguamentos levando a que tenha de demorar mais tempo a mover a roupa para todos os lados para compensar o restante. No final, continua a gastar menos dinheiro numa lavagem económica do que em muitos programas normais que as máquinas oferecem.

Placas de gás, vitrocerâmica ou indução

A eterna guerra entre o gás e a eletricidade será um tópico que irá depender da utilização de cada pessoa. Há quem prefira os resultados a gás e há quem prefira a estética oferecida pelas placas elétricas aliado aos facto de serem consideradas equipamentos mais seguros.

No caso das placas a gás, a poupança está pendente do tipo de utilização do consumidor. No entanto, é necessário referir que estes são os equipamentos menos seguros dos 3 uma vez que podem sempre estar sujeitos a uma fuga de gás que poderá levar a uma explosão em casa.

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No caso das placas elétricas, temos dois tipos de tecnologia: as vitrocerâmica e as de indução. As primeiras tratam-se das que mais eletricidade gastam, funcionando à base de resistências colocadas por baixo do vidro que aquecem a superfície da placa e, por sua vez, tudo aquilo que for colocado em cima da placa. Demoram mais tempo a aquecer que uma placa de indução e são menos seguras uma vez que se não forem desligadas vão continuar a aquecer e podem até levar a um curto circuito se ficarem a funcionar por longos períodos sem que nada esteja a ser cozinhado em cima.

As placas de indução, por outro lado, recorrem a uma tecnologia que irá precisar de uma potência maior para funcionarem, mas que se tornam mais rápidas e seguras. Funcionando á base de campos eletromagnéticos, este tipo de equipamentos podem ajudar na poupança uma vez que conseguem aquecer tudo a uma velocidade mais rápida que uma placa de vitrocerâmica. Além disso, são também as mais seguras uma vez que só funcionam quando em contacto com uma superfície apropriada, o que significa que se um dos bicos estiver ligado mas não tiver, por exemplo, um tacho em cima, a placa não está a funcionar e não existe qualquer perigo de alguém se queimar ou de o equipamento estar a consumir energia desnecessária.

Este tipo de placas oferecerem ainda funções extra como uma estabilização da temperatura ou a zona flexível para utilizar dois bicos em conjunto e poder colocar, por exemplo, um grelhador mais comprido para cozinhar para mais pessoas em simultâneo.

O forno gasta muita energia

Não é mentira alguma que o forno é um dos eletrodomésticos que mais energia gasta quando está a funcionar, no entanto, é também um dos equipamentos que podemos tirar um maior proveito de uma só vez quando bem utilizado.

Dos mais simples aos mais complexos, há quem pense que fazem todos as mesmas coisas, mas a verdade é que existem algumas diferenças nestes equipamentos que vão além do preço de cada um.

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Consoante a utilização de cada um, existem diversos tipos de cozedura presentes nos fornos que variam consoante a gama que escolhemos. Os mais simples servem para quem faz comida de forno muito esporadicamente, contam já com um sistema de ventilação para ajudar a a temperatura no forno seja uniforme em todas as partes e a que a comida cozinhe de forma uniforme.

Já os fornos mais completos começam a oferecer programas para cozinhados específicos que podem ir desde a função Air Fryer até ao cozinhar a vapor. Estas são diferentes forma de preparar os alimentos que podem fazer a diferença no dia a dia de cada pessoa.

Os fornos que cozinham a vapor podem ser encontrados em dois formatos, os que cozinham integralmente a vapor que contam com um depósito próprio para a água e os que cozinham com indução de vapor que serve apenas para que o ar no interior do forno seja mais úmido e a comida não seque tanto.

Quanto á limpeza, a maioria dos fornos hoje em dia já conta com o sistema de limpeza hidrolítico que conta com um local apropriado na base do forno para colocar água e, com o programa específico, vai gerar vapor e altas temperaturas para que a gordura e os restos de comida fiquem mais fáceis de ser removidos.

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Por outro lado existem fornos com o sistema de limpeza politico, um sistema mais agressivo para o equipamento mas também mais eficaz. O que acontece nestes fornos é que, após retirar todos os tabuleiros e grelhas do equipamento, o consumidor vai escolher o programa em questão e o forno vai ser trancado, sendo de seguida levado a uma temperatura aproximada de 500ºC para que todos os resíduos no interior do forno fiquem em cinza. No final do processo é só passar o pano úmido e está limpo. Como se trata de um processo muito agressivo devido à temperatura elevada, é recomendado que seja feito apenas 2 a 3 vezes por ano de forma a preservar o bom estado do forno.

Lavar a loiça à mão ou na máquina?

A máquina de lavar loiça poderá ser um conforto extra para a casa, mas é também um equipamento que poderá não ser uma prioridade para a grande maioria das pessoas.

Na teoria, vai sempre gastar menos água a lavar a loiça na máquina do que quando lava à mão, no entanto, vai sempre depender da forma como se vai comportar. Se fizer uma pré-lavagem da loiça à mão antes de a colocar na máquina poderá já não compensar em termos de gastos de água total. Basta utilizar um guardanapo para retirar o excesso de comida na loiça e colocar na máquina, o resto é feito pelo equipamento.

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Entre as mais completas e as mais básicas, a loiça deverá sempre sair lavada sem deixar restos, sendo necessário ajustar a arrumação consoante a máquina. A etiqueta energética poderá ajudar a perceber o tipo de gastos que vai ter, mas tal como nas máquinas de lavar a roupa, também aqui deve ter em atenção a capacidade de cada máquina. No caso da loiça, vai encontrar algumas máquinas de lavar a loiça com menos capacidade de talheres e com um gasto igual a máquinas com mais espaço (10 talheres VS 14 talheres), podendo justificar o investimento no ato da compra para reduzir depois os consumos na utilização.

Um ponto que cria alguma confusão aos consumidores é o terceiro tabuleiro que podemos encontrar em alguns modelos que é utilizado para os talheres no lugar do cesto tradicional que encontrávamos na maioria das máquinas. Desta forma é possível obter uma lavagem mais eficaz dos talheres mas vamos precisar de perder um pouco mais de tempo para os colocar pois têm de ficar todos separados e encaixados nas ranhuras. Este terceiro tabuleiro permite utilizar o cesto inferior na totalidade ganhando muito mais espaço para loiças de maiores dimensões ou para colocar mais loiça que nas máquinas mais simples.

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Outro ponto que deve ter em atenção e que algumas marcas incluem nas máquinas, são os jatos de pressão extra ou as hélices duplas, dois sistemas que servem para intensificar mais a lavagem de forma a lavar melhor sem aumentar os consumos e poderá fazer uma grande diferença nas lavagens mais intensivas ou com loiça que tenha ido ao forno e ficou com mais resíduos agarrados.

A abertura de porta automática no final da lavagem poderá ser algo a ter em conta na compra deste tipo de máquinas uma vez que vai ajudar a ter uma secagem mais natural e com menos recursos energéticos, ajudando na poupança assim como a prevenir algumas manchas no final da lavagem.

O ideal é procurar algo que se adapte à utilização de cada um e fazer o investimento mais apropriado às funções que vai utilizar. O espaço extra que pode conseguir com o terceiro tabuleiro poderá ser útil para famílias mais numerosas, mas poderá não justificar o investimento extra na compra caso seja apenas uma ou duas pessoas em casa e aqui poderá fazer sentido procurar um modelo mais simples com uma classe energética melhor.

A poupança está no equilibrio

No final das contas, é possível conseguirmos uma poupança muito maior em casa se adaptarmos os eletrodomésticos à nossa realidade e se tivermos em mente que o que pode ser ideal para uma pessoa poderá não ser favorável para outra.

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A classe energética é um indicador muito bom para se ter uma noção mínima dos consumos, mas deve ser lida com atenção para não acabarmos a comprar apenas com base na letra indicada em vez de analisarmos toda a tecnologia extra que poderá ser melhor noutros tamanhos ou marcas.

A capacidade e as características extra que as marcas incluem nalguns modelos podem facilitar muito a vida dos consumidores e, ao mesmo tempo, gastarem menos energia, água e gás, consoante a utilização de cada família.

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