O mundo dos smartphones Android é extremamente vasto e diversificado. São centenas de designs diferentes, um número incontável de marcas e as suas respetivas sub-marcas o que gera uma oferta extremamente diversificada e, em certo ponto, confusa.
Com o começo de um novo ano, deixamos-lhe algumas dicas do que poderá ter em atenção na altura de escolher um novo smartphone Android para que possa comprar algo que vá dure algum tempo e que faça, de facto, valer o investimento.
O sistema Android é todo igual
Esta é uma afirmação que muitos utilizam, mas que não é bem verdade. Cada marca tem o sistema Android personalizado de acordo com aquilo que acredita ser o sistema ideal.
Com cada marca a modificar o sistema Android base, acabamos por ter acesso a diferentes funcionalidade exclusivas de cada empresa. No entanto, este não é o ponto relevante no que diz respeito a escolher um smartphone ideal.
Devemos sempre tentar obter um equipamento com a versão Android mais recente possível. Isto porque, com o passar do tempo, vão surgindo atualizações de sistema e de aplicações, que deixam de ser compatíveis ao fim de alguns anos.
Muitas lojas acabam por baixar drasticamente o preço a alguns equipamentos mais antigos apenas para escoar stock antigo que ficou retido. Apesar de parecer um bom negócio, há que ter em atenção se não estamos a comprar um smartphone Android com 3 ou 4 anos de mercado e que já não vai receber nenhuma atualização de sistema.
Além de ser arriscado ter um sistema operativo desatualizado, devido aos ataques informáticos, pode também levar a que algumas aplicações não sejam compatíveis com a versão mais antiga do sistema operativo.
Neste campo, o conselho que deixamos é que procure sempre um smartphone com a última versão disponível do sistema operativo ou, pior dos cenários, a versão anterior à mais recente.
O tamanho importa
Dependendo de cada pessoa, o tamanho do smartphone pode importar no momento da escolha. Em tempos o objetivo das marcas era reduzir ao máximo o tamanho dos equipamentos para que fosse possível levar o smartphone dentro de qualquer bolso.
Entretanto, o mercado começou a ir na direção oposta e, hoje em dia, um ecrã maior é sempre bem vindo na maioria dos casos. No entanto, os ecrãs maiores trazem alguns inconvenientes no que diz respeito à utilização com uma só mão e mesmo ao transporte do smartphone.
Pensar antecipadamente se pretende um smartphone Android mais pequeno ou maior pode ajudar a limitar as escolhas num mercado que é extremamente vasto.
Dentro das diferentes gamas encontramos equipamentos extremamente capazes e num tamanho reduzido, como por exemplo o ASUS Zenfone 9, assim como gigantes do mercado como o Samsung Galaxy S22 Ultra, que se mostra um pouco complicado de ser utilizado com uma só mão.
RAM e Memória Interna
De forma a correr todas as aplicações e mais algumas sem lhe criar inconvenientes, há que ter em atenção à RAM e à memória interna disponível nos diversos smartphones Android.
O mínimo recomendável em pleno 2023 para que o smartphone Android dure algum tempo sem mostrar sinais de lentidão, em termos de memória RAM, prende-se nos 4GB. Esta é a memória que vai permitir ter diversas aplicações a correr em segundo plano sem imprevistos constantes.
Apesar de existirem smartphones Android com menos RAM à venda no mercado, estes podem ser equipamentos mais apropriados a quem não dá muito uso ao smartphone mas sim apenas para navegar em redes socias mais simples e fazer algumas chamadas.
Em termos de memória interna, em 2023, poderá ser ideal apostar diretamente nos 128GB como mínimo dos mínimos. Com o sistema operativo a ocupar algum espaço, as aplicações a serem cada vez mais pesadas e as câmaras fotográficas a criarem ficheiros cada vez maiores, os 64GB começam a ser pouco espaço para tudo.
Além disso, mesmo com a possibilidade de colocar um cartão de memória, o sistema operativo Android e as aplicações vão continuar a ocupar espaço na memória interna, pelo que mais cedo ou mais tarde vai acabar por não ter espaço suficiente e poderá ser forçado a apagar ficheiros ou aplicações para realizar alguma atualização futura.
Mais megapixéis não significam melhor qualidade de imagem
Num mercado tão competitivo em que todas as marcas pretendem destacar os seus smartphones de alguma forma, as câmaras são sempre um ponto fulcral para a equipa de marketing.
Muitos smartphones Android são promovidos com base na quantidade de megapixéis que as suas câmaras têm, mas de que serve uma resolução grande se o sensor for fraco?
Neste caso deverá focar-se em procurar um bom sensor fotográfico e não se focar tanto nos números promovidos. Isto também porque todos os smartphones Android com câmara de 48 MP, 108 MP e mesmo 200 MP, não recorrem a esta resolução de origem.
O que acontece é que é necessário ir aos modos da câmara e ativar este modo específico, ficando limitado nas capacidades extra que os smartphones oferecem a nível de software de câmara. A resolução aumenta, de facto, mas nem sempre o resultado final é melhor.
Pegando no exemplo do recentemente analisado por nós, Xiaomi 12T, o smartphone Android consegue bons resultados na câmara, mas o modo de 108MP tem de ser ativado em separado e deixa de ter a possibilidade de utilizar o HDR.
Processadores variados
Existe um grande número de processadores para os smartphones Android presentes no mercado. Sendo a guerra maior entre a Qualcomm e a MediaTek, ambas as marcas oferecem processadores bastante capazes para todas as gamas.
Claro que os resultados de performance vão ser diferentes, mas este ponto deverá sempre ser tido em atenção no momento de adquirir um smartphone Android.
Um processador de gama muito baixa pode servir para baixar o valor de mercado dos smartphones e, apesar de preencher todos os requisitos anteriores, poderá ser um problema mais tarde para conseguir utilizar aplicações mais pesadas ou jogos mais exigentes, por exemplo.
O processador vai também influenciar o resultado final da câmara fotográfica, uma vez que todas as fotos tiradas com os smartphones são processadas para que tenham um resultado final mais equilibrado e tratado.
Os processadores Snapdragon e Dimensity são os melhores atualmente no mercado dos smartphones Android, pelo que deverá analisar bem o que está a comprar para não ter de trocar de equipamento daqui a um ou dois anos.
Baterias e a sua autonomia
Talvez um dos pontos mais importantes a ter em conta no momento da compra de um smartphone Android é a bateria que o alimenta e a autonomia prometida pela marca.
A autonomia não vai depender apenas da capacidade da bateria, sendo que este ponto é, também, influenciado por outros pontos de cada marca.
Algo que poderá tentar encontrar como sendo o meio termo, poderá ser uma boa capacidade de bateria, a rondar os 5000mAh, aliada a um carregamento rápido. Nestas situações podemos acabar por ter um smartphone Android bastante capaz e que facilmente se aguenta um dia inteiro sem necessitar de ser carregado, mas que pode receber carga de forma rápida nos dias mais mexidos.
No entanto, o carregamento rápido também difere nos vários smartphones Android. Alguns oferecem essa possibilidade mas não trazem o transformador necessário para a ativar.
Existem ainda diferentes capacidades de carregamento rápido, que vão desde os 25W de carregamento, passando pelo 67W e podendo chegar aos 120W. Quanto maior o valor, mais rápido será o carregamento.
Análises de equipamentos
Uma boa forma de perceber se o smartphone Android que estamos de olho é ideal para a nossa utilização é ler e ver diferentes análises feitas ao equipamento.
Na Internet existem vários sites e mesmo canais no YouTube que constantemente publicam análises de equipamentos e de muitos smartphones Android.
Poderá manter-se a par da nossa secção de análises onde regularmente colocamos a nossa opinião sobre diferentes equipamentos e smartphones Android para que os utilizadores consigam fazer a escolha de compra com alguma consciência do que estão efetivamente a adquirir.
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