Com o dia a dia atarefado, a cozinha é o local onde queremos ter menos trabalho, mas é aquele que mais atenção necessita. Os fornos são eletrodomésticos que podem facilitar muito na altura de cozinhar, mas que podem dificultar a vida do utilizador quando chega a altura da sua limpeza.
Hoje em dia é possível encontrar no mercado diversos fornos, com diversas tecnologias para ajudar a cozinhar de forma mais eficiente, no entanto, a limpeza não tem assim tantas tecnologias diferentes no mercado.
Existem atualmente três tipos de tecnologia de limpeza incorporadas nos diversos equipamentos: limpeza pirolítica, hidrolítica e catalítica.
Mas no momento da compra, será que a tecnologia mais cara é a que faz mais sentido? Será que vale a pena gastar mais dinheiro apenas para poder ter uma limpeza mais eficaz que tem limitações de uso?
Deixamos-lhe uma explicação de como funciona cada tipo de limpeza nos fornos para que, no momento da próxima compra, possa escolher o que mais se adequa à sua utilização.
Fornos catalíticos
Estes são os tipos de fornos mais simples e mais baratos. Aqui contamos com o mais tradicional e que poderá ser uma tecnologia ideal para quem utiliza muito pouco o forno e para quem não se importa de perder um pouco mais de tempo com a limpeza do eletrodoméstico.
Os catalíticos contam com uma limpeza auto-desengordurante, que recorre às paredes internas porosas (ásperas ao toque) capazes de absorver a gordura durante o cozimento.
Esta tecnologia acaba por eliminar a gordura por oxidação durante o cozimento de pratos acima dos 200ºC.
Esta é uma tecnologia inteligente e rápida que poderá ser realizada, também, sem qualquer tipo de cozimento. Basta para isso ligar o eletrodoméstico na temperatura máxima, entre 10 a 15 minutos, após cada utilização.
São fornos mais baratos, quando comparados com outros com tecnologias de limpeza mais apuradas, mas que, mais tarde, requerem uma limpeza manual adicional que pode levar a uma maior perda de tempo por parte do utilizador.
As paredes catalíticas têm uma vida útil estimada de 5 anos, dependendo sempre do uso, e após esse período devem ser substituídas. Além disso, mesmo recorrendo a esta tecnologia de limpeza, é sempre necessário passar uma esponja e um detergente tira gordura não abrasivo.
Fornos Hidrolíticos
Talvez o tipo de tecnologia mais comum de se encontrar à venda na grande maioria dos fornos é a limpeza hidrolítica. Este é um tipo de limpeza que é baseada na criação de vapor para desengordurar o forno.
De forma simples, a hidrólise combina a evaporação e a condensação para que a sujidade fique mole e depois descole das paredes do equipamento.
Para tal basta colocar 40 cl de água junto com algumas gotas de detergente para a loiça no fundo do forno que, por norma, contam com um ligeiro desnível para o efeito.
Depois de colocar a água e o detergente basta fechar a porta, ligar o programa de de limpeza por hidrólise e deixar atuar por cerca de 30 minutos. Depois é só passar uma esponja ou pano e, em principio, o equipamento deverá ficar limpo.
Este é um processo de limpeza que consome pouca energia e que ajuda a poupar algum tempo nas tarefas da cozinha. No entanto, é um processo de limpeza que é aconselhável fazer após cada utilização para evitar o acumular de grandes quantidades de gordura e outras sujidades.
Fornos pirolíticos
A limpeza por pirolise é a tecnologia mais eficaz para limpar um forno, mas é também a que mais encarece o equipamento.
O princípio de limpeza é bastante agressivo, passando por elevar a temperatura interior até aos 500ºC de forma a transformar toda a sujidade em cinzas.
Esta limpeza vai depender sempre do ciclo programado, que poderá levar mais ou menos tempo, e que vai eliminar todo o tipo de gorduras e açúcares acumulados no forno após a sua utilização.
No final do programa de limpeza pirolítica basta passar um pano húmido para retirar a fina camada de cinza que ficou no forno e este fica completamente limpo.
Devido às altas temperaturas que o forno atinge, a porta é trancada e deverá permanecer assim até que o equipamento arrefeça, reduzindo assim os risco de queimaduras.
A grande desvantagem deste tipo de limpeza é que será necessário retirar tudo de dentro do forno (grelhas, suportes, calhas, tabuleiros), pois apenas o eletrodoméstico em si é preparado para ser exposto a estas temperaturas, e esta limpeza só pode ser feita, idealmente, um máximo de 3 vezes por ano segundo a recomendação da maioria das marcas.
Tratando-se de um processo muito agressivo para o equipamento, a sua utilização em excesso pode levar a que existe uma degradação do material do forno, levando ao aparecimento de buracos ou mesmo ferrugem no interior do forno.
Portas são sempre à parte
Apesar de existirem fornos com imensa tecnologia incorporada, de limpeza e de cozinhar, as portas são sempre um ponto à parte.
Nenhuma das tecnologias de limpeza mencionadas acima consegue limpar as portas dos fornos, sendo sempre necessário retirar os vidros duplos (ou triplos) e fazer a limpeza manual quando necessário.
Para tal é necessário ter algum cuidado para não partir nenhuma das camadas de vidro da porta e deverá sempre recorrer a produtos não abrasivos de forma a preservar todo o forno como deve de ser.
Aproveite a campanha:
Gostei do artigo, mas o que preocupo me mais, é se estas limpezas não fazem mal à saúde, pois já ouvi falar que deixam sempre pó, que depois fica lá e não é saudável.
Acho é melhor ter um forno simples, que até mais barato e fazer limpeza manual com máquina de vapor.
Olá, Irina
Antes de mais, obrigado pelo comentário.
A limpeza pirolitica, de facto, deixa um pó no final que são os restos de comida etc que foram queimados. Por essa mesma razão no final é necessário sempre passar um pano húmido para deixar tudo limpo e sem sujidade alguma ☺️