Há vários meses que a Huawei enfrenta duras limitações na sua atividade devido a bloqueios comerciais que o governo americano tem imposto por suspeitas de espionagem.
Ao longo do tempo, as medidas têm sido agravadas, chegando agora ao ponto da marca chinesa perder o fornecedor que lhe fabricava os processadores ou de ver os vistos dos seus trabalhadores limitados.
Depois de pouco responder aos diversos ataques americanos, a Huawei começou o seu contra-ataque com processos de violação de patentes contra a Verizon, HP e Cisco.
Huawei utiliza guerra de patentes para ripostar contra os Estados Unidos da América
Depois de ver a sua atividade bastante limitada, a Huawei prepara-se agora para responder. Aproveitando uma alteração legal nos acordos FRAN (Justos, razoáveis e não discriminatório), a marca chinesa viu agora uma oportunidade para ganhar alguma vantagem.
Assim, colocou um processo de violação de patentes à Verizon sobre a sua tecnologia e a de parceiros como a HP e a Cisco, procurando receber royaltys sobre as suas patentes.
Embora a Huawei possa não conseguir levar este processo a bom porto, este movimento tem sido marcado pela imprensa americana como forma da marca chinesa ter acesso, através do processo, a informação confidencial da Verizon e dos seus parceiros, permitindo aumentar o conhecimento sobre a sua tecnologia e as suas estratégias.
Caso tenha sucesso nas suas intenções, a marca chinesa consegue assim aproveitar uma alteração legal para tirar receita dos setores onde foi recentemente excluída pelo governo.
Esta estratégia de receita é já utilizada por outras empresas que ganham imenso dinheiro à conta das suas patentes do 5G. Olhando para os resultados do ano passado, a Nokia amealhou 740 milhões de dólares, enquanto e Ericsson angariou 800 milhões.
A Huawei aproveita assim para responder ao governo americano, mostrando que está pronta para também criar dificuldades às empresas americanas no meio desta guerra estabelecida.
Fonte: Forbes