A Microsoft decidiu acabar com o suporte ao Internet Explorer desde a passada quarta-feira, dia 15 de junho, tendo levado a que diversas estruturas governamentais e comerciais no Japão ficassem cheias de problemas funcionais.
A razão prende-se no facto de, apesar de ser muito pouco utilizado em todo o mundo, o Japão continua a ter muitas plataformas que não fizeram a migração para outros programas e que continuavam a obrigar a que os funcionários recorressem ao Internet Explorer para diversas funções criticas ao bom funcionamento das empresas.
Sites otimizados para o Internet Explorer não foram preparados para a mudança
Desde Abril de 2022 que a Computer Engineering & Consulting (CEC) não consegue dar vazão ao número de pedidos de ajuda que têm tido, no Japão. Pedidos esses que vieram de diversas instituições financeiras, de orgão do governo e de empresas de grandes dimensões que ainda se encontram com sites otimizados para o Internet Explorer.
A empresa afirma que o fim do suporte ao browser da Microsoft já era conhecido há algum tempo, mas as empresas foram adiando as medidas que deviam ser tomadas até que chegou o dia e as mesmas não tinham a migração dos sistemas completa.
Este atraso acabou por levar a que diversos serviços começassem a apresentar falhas no funcionamento normal, situação essa que se deve manter por alguns meses, segundo a empresa especialista.
Foi há 27 anos que a Microsoft havia lançado o Internet Explorer e, apesar de muitos utilizadores já terem migrado há muito para outras alternativas, ainda existiam cerca de 49% de utilizadores que reconheciam a sua utilidade no contexto laboral.
O browser em questão era utilizado para mais que abrir sites. Era através deste que muitas empresas monitorizavam a assiduidade dos seus funcionários assim como era a plataforma utilizada para comunicar com outras ferramentas internas de trabalho. Algumas instituições governamentais do Japão solicitam até que alguns formulários sejam preenchidos através do internet Explorer.
Diversas situação levaram a que, em pleno 2022, o browser da Microsoft que perdeu agora o suporte por parte da empresa, fosse essencial para muitas empresas funcionarem em condições, tendo gerado uma maior confusão com o término do suporte ao Internet Explorer.
Foi em 1995 que o Internet Explorer passou a ser o browser padrão tendo chegado dominar cerca de 65% do mercado em 2009. Mais tarde a sua cotação de mercado começou a descer de forma rápida tendo chegado aos valores de hoje em dia que se encontravam abaixo de 1% do mercado.
Uma das razões que foram levando as empresas e os consumidores a trocar para outro browser foi a falta de conformidade com alguns padrões das tecnologias atuais. Segundo os especialistas, o Internet Explorer fez um trabalho muito fraco a suportar JavaScript e outras linguagens de programação.
O declínio do Internet Explorer coincidiu com o crescimento abrupto do Google Chrome que, atualmente, domina cerca de 65% do mercado.