Quando a Apple lançou a primeira versão do iPhone SE, o seu sucesso foi quase imediato, especialmente nas pessoas que procuravam um smartphone com ecrã de pequenas dimensões ou um novo equipamento que não tivesse um custo demasiado elevado.
Este ano, quando relançou esta gama como iPhone SE 2020 por 399$ (499€ em Portugal), a Apple procurou mexer no mercado, atrair a intenção de compra de todos aqueles que procuram não gastar muito dinheiro num smartphone novo e ainda não colidir com as vendas dos seus modelos de topo.
Conhecidos os dados do segundo trimestre, esta mostrou-se uma aposta acertada da Apple, tendo conseguido atrair muitos dos seus fãs com equipamentos mais antigos.
73% dos compradores do iPhone SE 2020 tinham um iPhone com mais de 3 anos
Com a publicação dos dados do segundo semestre por parte da Consumer Intelligence Research Partners, foi possível perceber a importância do lançamento do iPhone SE na estratégia da marca.
Enquanto os modelos de topo (iPhone 11, 11 Pro e 11 Pro Max) foram responsáveis por 65% do mercado Apple neste trimestre, o iPhone SE conquistou uma quota de 19%, valor que superou as vendas dos topos de gama dos anos anteriores (iPhone XS/XS Max, iPhone 8/8 Plus e iPhone 7/ 7 Plus).
Se este já é um resultado impressionante, embora algo esperado, há uma outra estatística que prova o sucesso da estratégia da Apple. Segundo os dados apresentados pela CIRP, 73% dos clientes que compraram um iPhone SE 2020 possuíam anteriormente um iPhone com mais de 3 anos (iPhone 5, 6 ou 7).
Esta foi assim uma forma da Apple conseguir que os seus clientes renovassem os seus equipamentos mais antigos, chegando com especial foco aqueles que nã podiam ou não queriam gastar os valores altos que os topos de gama apresentam.