O constante crescimento dos ciberataques tem-se agravado em diversos setores, com um especial destaque para o setor educativo que conta com mais de 3000 organizações atacadas por semana em Portugal.
Em 94% dos países analisados pela Check Point Research a educação encontra-se no Top 3 dos setores mais atacados em julho de 2021.
Setor da educação em Portugal com mais de 3000 ciberataques por semana
Em comparação aos restantes setores analisados pela Check Point, a educação foi o que mais se destacou no mês de julho por ter o mais expressivo volume de ciberataques. O setor conta com uma média de 1739 ataques semanais documentados por organização.
Estes números equivalem a um aumento de 29 pontos percentuais quando comparados com a primeira metade do corrente ano. Em Portugal, no mês de julho, houve um aumento de 36% de ciberataques à educação, o que equivale a uma média de 3036 ciberataques por semana, levando Portugal a ser o sexto país mais visado por esta tendência de ataque.
O grande aproveitamento dos cibercriminosos prende-se na transição existente para as plataformas e-learning, aliando-se à incerteza que espera o futuro educativo nesta altura de pandemia. As principais vitimas destes ataques são as pessoas que se ligam a este tipo de plataformas educativas através dos equipamentos pessoais em localizações ou redes muitas vezes desprotegidas.
Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal, alerta que “Escolas, universidades e instituições de investigação são alvos atrativos para os atacantes, uma vez que dispõem muitas vezes de poucos recursos, no que respeita a cibersegurança”.
Duro acrescenta ainda, em comunicado, que “com tantos estudantes a ligarem-se às plataformas através de redes caseiras e dispositivos pessoais, o regresso às aulas trará consigo um conjunto de novas ameaças que é necessário acautelar. As organizações deste setor devem ser proactivas na implementação de estratégias de proteção.”
Recorde que os ciberataques têm aumentado bastante no decorrer do ano de 2021, com o Ransomware a ser o principal método utilizado, logo seguido por métodos de Phishing, como foi o caso do Snake Keylogger que impactou 10% das organizações portuguesas. No entanto, há pouco tempo, foi comprovado que 46% dos portugueses não se preocupavam com as questões relacionadas aos ciberataques, o que pode levar a comportamentos de risco mais elevados.
Apesar do Ransomware ser considerado o tipo de ataque que vai continuar a ter um maior uso nos ciberataques às empresas e organizações, a Check Point deixa o alerta para que os utilizadores reforcem as suas proteções online de forma a evitar qualquer tipo de ataque, ainda mais numa altura em que se aproxima o regresso às aulas.