Após uma análise da Check Point Research aos três primeiros meses de 2023, no que diz respeito aos ciberataques, a empresa conseguiu concluir que as perturbações no setor continuam em alta a nível global.
Já em Portugal, o cenário não se mostrou muito diferente, tendo havido um aumento de 2% face ao primeiro trimestre de 2022, com uma média de 1065 ciberataques por organização.
Estatísticas e tendências dos ciberataques
Embora o volume de ataques tenha aumento de forma ligeira, a Check Point Research avança que tem assistido a várias campanhas sofisticadas de cibercriminosos que estão a encontrar formas de utilizar ferramentas legítimas para ganhos maliciosos.
Um dos exemplos que comprovaram isso foi a utilização da tecnologia do Chat GPT para a criação de código que pode ajudar os agentes de ameaças menos qualificados a lançar ciberataques sem grande esforço.
A equipa da CPR também descobriu o Ransomware mais rápido alguma vez visto, o que demonstra como os atacantes continuam a cometer crimes cibernéticos.
Os CISO (Chief Information Security Officer) precisam de se concentrar no desenvolvimento e implementação de uma estratégia de segurança que elimine quaisquer pontos cegos e fraquezas em todo o panorama digital das empresas.
De forma global, os resultados obtidos pela Check Point apontam que durante o primeiro trimestre de 2023, a média global de ciberataques semanais aumento 7% face ao mesmo período de 2022, com cada organização a enfrentar uma média de 1248 ataques a cada semana.
A nível global, o setor da Educação/Investigação continua a ser mais atingido, albergando o maior número de ciberataques, ficando com uma média de 2507 ataques por organização por semana. Estes números representam um aumento de 15% em relação ao período homólogo.
Em seguida encontramos o setor da Administração Pública/Defesa, com uma média de 1725 ciberataques por semana, um aumento de 3% e o setor da Saúde registou logo em seguida uma média de 1684 ataques por semana, sendo, dos três, aquele que sofreu o maior aumento (22%) face ao ano anterior.
Apesar de não estar no Top 3 dos setores com o maior número de ciberataques por semana, o setor do Retalho foi o que registou o maior aumento no número de ataques face ao ano passado, com uma média semanal de 1079 ataques, ou seja, um aumento de 49%.
No primeiro trimestre de 2023, a região de África registou o maior número médio de ciberataques semanais por organização, com uma média de 1.983 ataques, indicando uma ligeira redução de 2% em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Por outro lado, a região da Ásia-Pacífico registou o aumento anual mais significativo na média de ataques semanais por organização, com um aumento de 16%, atingindo uma média de 1.835 ataques por organização, seguida da região da América do Norte, que registou um aumento anual de 9%, chegando a 950 ataques semanais médios por organização.
No que diz respeito aos números a nível nacional, Portugal conta com uma média de 1065 ataques por organização por semana, um valor que fica acima da média europeia e que representa um aumento de 2% face aos números registados em 2022.
O relatório de Cibersegurança de 2023 da Check Point Research detalhou como a atribuição de operações de ransomware e o rastreio de agentes de ameaças podem tornar-se ainda mais difíceis. Em vez disso o foco será mais na limpeza e na detenção de exfiltração de dados.
Este é o momento em que as empresas devem ponderar se estão devidamente protegidas e, se possível, aumentar o seu nível de proteção no que diz respeito a ciberataques, uma vez que o cenário tem vindo a crescer e mantém a tendência de continuar neste registo.
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