Portugal é um país com altos e baixos no que diz respeito a ciberataques. 2022 não foi um ano fácil, mas poderia ter sido pior para o país. Segundo avança a Surfshark, Portugal foi o 3º país com o maior número de falhas de segurança que levaram a que os cibercriminosos acedessem a dados que não deviam.
No entanto, um outro estudo levado a cabo pela Proxyrack, avança que Portugal é o 7º país mais colocado no que diz respeito à segurança contra ciberataques, com um Index Nacional de cibersegurança de 89.61.
Portugal contou com um elevado número de ciberataques em 2022
Após a pandemia, os ciberataques começaram a intensificar-se dia após dia, com o trabalho remoto a não facilitar o trabalho para as equipas de cibersegurança no que diz respeito á proteção dos utilizadores e das empresas contra ciberataques.
No entanto, Portugal conseguiu, mesmo assim, manter-se no Top 10 dos países com o melhor index de cibersegurança. Logo abaixo da Alemanha que obteve uma pontuação de 90.91.
A equipa da Proxyrack partilhou os resultados do seu estudo que mostrou que Portugal foi nomeado o 3.94 país mais seguro para trabalhar remotamente, sendo a pontuação máximo 10.
O mesmo estudo avança ainda que 78.25& da população em Portugal tem acesso à Internet. Um valor baixo quando comparado, por exemplo, com Singapura que conta com 99.7% da população a ter acesso à rede.
Em termos de proteção contra ciberataques, os Países Baixos e a Suíça foram os dois países nomeados os mais seguros a nível informático para trabalhar remotamente, com uma taxa de 7.62 de 10.
Maior número de dados roubados em Portugal durante 2022
Se por um lado Portugal se sabe proteger bem de ciberataques, também consegue deixar escapar informação em grande escala. 2022 não foi um ano fácil para muitas empresas portuguesas e o número de dados que foram roubados ou acedidos de forma indevida levou a que o país se tornasse o 3º com o maior número de dados em massa roubados.
Segundo os dados avançados pela Surfshark, Portugal terminou o ano com um total de 2 milhões de emails roubados, um número inferior a 2021 que havia terminado com 2.7 milhões.
Um dos eventos que contribuiu em grande escala para estes valores, foi o recente ataque à TAP que originou a partilha indevida de 1.2 milhões de email portugueses de clientes, parceiros e funcionários da empresa.
A nível mundial, 310.9 milhões de contas foram hackeadas em 2022, com a Rússia a ficar em primeiro lugar com o maior número de falhas de ciberataques. Segue-se a China, os EUA, França, Indonésia, Brasil, India, Alemanha, Austrália e Turquia.
A densidade de contas que foram acedidas indevidamente através de ciberataques em Portugal foi de 193 contas por cada 1000 portugueses.