A pandemia COVID-19 foi um ponto chave crucial para a digitalização de diversos setor, entre eles o setor do turismo (hotelaria e restauração). O modo de trabalhar teve de ser ajustado e os funcionários tiveram novos desafios associados às funções a que estavam acostumados.
Um estudo levado a cabo pela Eurofirms Group, empresa de RH especializada em gestão de talento, analisou o impacto da tecnologia e digitalização no setor do turismo, concluindo que o cenário poderá ter-se alterado em grande escala para quem trabalha no ramo.
Setor do turismo poderá necessitar de menos funcionários que antes
A tecnologia e digitalização foram muito bem recebidas no setor do turismo, com a restauração e a hotelaria a terem novos serviços associados e investirem cada vez mais nos serviços online. Desta forma os clientes tiveram uma forma mais fácil de contactar com o prestador de serviços e os estabelecimentos começaram a ter um maior volume de vendas.
No entanto, este investimento na digitalização não tem apenas lados positivos. As pessoas receiam que estas evoluções signifiquem uma redução no número de vagas de emprego disponíveis.
Um dos exemplos são os negócios de entrega ao domicilio, que tiveram uma grande expansão durante a pandemia, mas que agora enfrentam um período mais complicado uma vez que já não existe a necessidade de os utilizar quase que obrigatoriamente, podendo o consumidor ir diretamente ao local.
Existe no entanto uma divisão nas opiniões das pessoas inquiridas sobre o impacto e ameaças que a tecnologia pode representar. Cerca de 46% assume que o receio pela redução de emprego pode levar a que exista uma maior consciência de que é preciso estar mais qualificado para lidar com a nova realidade implementada. No entanto, outros 44% acham que não existe nenhuma ameaça aos postos de emprego.
Do segundo grupo, 17% não acredita ser uma ameaça considerando que as máquinas não fazem o trabalho humano, enquanto outros 25% acredita que o cliente prefere o contacto humano. Apenas 2% deste grupo acredita que os empresários não vão fazer investimentos em máquinas em detrimento das pessoas.
Os resultados do estudo relacionado com o impacto da tecnologia e digitalização no setor do turismo mostram, de forma geral, que 33% dos inquiridos considera que vai existir menos emprego no futuro e 13% considera que será necessário ter mais qualificações para cada emprego.
No que diz respeito à relação entre empregado e empregador, os valores partilhados são uma prioridade. Os especialista na gestão de talentos concordam com a importância da liderança por valores.
Embora os perfis mais procurados continuem a ser os tradicionais liderados pelo perfil de empregado de mesa, surge agora um outro caminho a seguir na criação de emprego que passa pela promoção da digitalização desde dentro. Desta forma poderá ser possível deixar de ver a digitalização dentro do setor do turismo como uma ameaça.