Com a União Europeia a apertar as regras de concorrência, poderemos assistir em breve a uma grande revolução no modo de instalar aplicações no iPhone e iPad.
A Apple poderá ser obrigada em breve a aceitar lojas de terceiros nos seus sistemas operativos móveis.
Apple poderá permitir a instalação de aplicações através de lojas de terceiros no iOS e iPadOS
A União Europeia tem estado no encalço das grandes empresas tecnológicas de forma a tentar regulamentar grande parte das suas práticas, tanto a nível de tributação como de concorrência.
Depois da Lei dos Mercados Digitais ter sido aprovada e entrar em vigor a 2 de maio de 2023, muitas mudanças poderão agora ter de ser realizadas em vários serviços e plataformas.
No caso da Apple, a Bloomberg avançou que podermos assistir em breve a uma grande transformação do ecossistema da Apple.
Segundo a publicação, a empresa americana poderá ser obrigada a aceitar a instalação de aplicações através de lojas de terceiros, algo que a Apple hoje aceita, mas contorna justificando com problemas de segurança.
Embora este seja um argumento válido, existe também a questão desta ser uma grande fonte de rendimento da marca, uma vez que é cobrada uma comissão de 30% sobre cada venda realizada na sua loja.
Caso isto se confirme, em 2024 tanto no iPhone (iOS) como no iPad (iPadOS) poderão passar a existir outras fontes de aplicações como acontece no Android.
Apple poderá tentar contornar novas regras, exigindo um valor para verificar segurança das novas instalações
Para permitir as aplicações de terceiros, a Apple terá de aplicar várias alterações nos seus sistemas operativos de forma a permitir integrar estas novas lojas.
Segundo a Bloomberg, essa tarefa está já nas mãos do responsável de engenharia de software, Andreas Wendker, estando também a ser acompanhado por Jeff Robbin, chefe de equipa de software.
Estão também a ser estudadas outras hipóteses caso a empresa seja obrigada a aceitar lojas de terceiros, estando equacionada uma verificação de segurança a todas as aplicações instaladas fora da App Store, com a Apple a cobrar uma tarifa por cada operação. No entanto, não é certo que esta medida seja aceite pela União Europeia.