A Uber tornou-se rapidamente uma alternativa aos táxis pela simplicidade, transparência e custo que este serviço apresentava no transporte de passageiros.
No entanto, a marca americana tem, ao longo dos tempos, sido acusada de manipular as suas taxas, algo que ganha agora força com uma nova denúncia.
Poderá estar a Uber a definir as taxas de viagem consoante o nível de bateria?
A mais recente denúncia de manipulação dos valores de viagem chega da conta de Twitter @NerdyAndNatural, depois de terem sido registadas alterações nos valores da viagem.
Como foi reportado, Sarah costuma realizar uma viagem periodicamente, com um custo médio de 25 a 30 dólares.
No entanto, ao realizar a mesma viagem, mas com a bateria do smartphone a 18%, viu a tarifa deste percurso subir para 81 dólares, um valor bastante superior ao normal. Ao carregar a bateria do seu equipamento para 25%, o custo da viagem voltou a descer para os valores habituais.
Embora possa ser apenas uma coincidência, várias pessoas comentaram na sua publicação admitindo terem tido uma experiência similar.
Na definição da sua tarifa, a aplicação utiliza para o cálculo alguns fatores como as taxas de reservas, as taxas de distância, as sub-taxas de locais como aeroportos ou taxas de urgência, fator onde o nível de bateria pode ser enquadrado.
Até ao momento a empresa americana ainda não se pronunciou sobre este assunto. No entanto, em 2016, Keith Chen, responsável pelo departamento de pesquisa económica da Uber, já tinha referido que os estudos de comportamento de consumidor já tinham demonstrado que as pessoas estariam dispostas a pagar um maior valor pela viagem se estivessem a ficar sem bateria.
Não é certo que a Uber tenha começado a contemplar este fator no cálculo da sua tarifa, mas a verdade é que já não é a primeira vez que este questão é levantada pelos seus utilizadores.
Além da Uber, Sarah diz que registou um comportamento idêntico na Lyft, mostrando que poderá não ser um comportamento isolado de apenas uma empresa.