Dark Web: Mais de 8 mil cartões de débito portugueses roubados estão à venda

A NordVPN partilhou os dados da sua mais recente pesquisa em que mostra que existem mais de 8 mil cartões de débito aportugueses à venda na Dark Web. No total, a empresa encontrou 6 milhões de cartões de débito roubados.

Os especialistas dizem que esta é apenas a “ponta do icebergue”, uma vez que 63% dos cartões encontrados na Dark Web vinham acompanhados de mais informações sensíveis.

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Dois em cada três cartões encontrados na Dark Web tinham outras informações associadas

O sistema financeiro está constantemente debaixo de diversos ataques informáticos que pretendem conseguir adquirir o maior número de informação sensível possível. No entanto, também os consumidores são regularmente alvos de ataques informáticos e, tudo junto, leva a que a Dark Web consiga albergar uma quantidade enorme de informação sensível que foi roubada e que pode agora ser comprada de forma ilegal.

A pesquisa levada a cabo pela NordVPN analisou 6 milhões de cartões de débito roubados na Dark Web e, segundo a empresa, dois em cada três desses cartões vinham acompanhados de mais informação privada dos proprietários, tais como a morada, o número de telemóvel, o endereço de e-mail ou o NISS.

Dos cartões analisados, um total de 8288 cartões pertenciam a portugueses, tornando Portugal o nono país europeu mais afetado.

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Em média, os investigadores estimam que o preço de venda na Dark Web de cada cartão português na Dark Web seja de 10.1 euros (sendo a média global de 6.37 euros). Segundo o índice de risco de fraude de cartão da NordVPN, o risco associado aos cartões portugueses é de 0.51 numa escala de 0 a 1.

O Reino Unido foi afetado com o roubo de 164,143 cartões de débito, sendo assim o terceiro país mais afetado do mundo, e o primeiro mais afetado da Europa. França foi o segundo país mais afetado da Europa e o mais afetado da União Europeia, com quase 100 mil cartões de débito roubados.

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“Os cartões que os investigadores encontraram são apenas a ponta do icebergue. A informação vendida com estes cartões faz com que tudo seja mais perigoso. No passado, as fraudes de cartão de débito estavam associadas a ataques de força bruta—quando um criminoso tenta adivinhar o número e CVV de um cartão de débito para o usar. Contudo, a maioria dos cartões que encontrámos estavam acompanhados com o e-mail e morada das vítimas, informação impossível de obter por meio de força bruta. Podemos assim concluir que foram roubados por via de métodos mais sofisticados, como phishing ou malware”

Adrianus Warmenhoven, um especialista em cibersegurança da NordVPN

Toda a informação adquirida poderia render milhões de euros aos criminosos

Os especialistas indicam ainda que se toda a informação na base de dados analisada para a pesquisa fosse vendida, os criminosos poderiam fazer um total de 16.8 milhões de euros.

Caso fossem adquiridos, estes cartões renderia aos criminosos muito mais do que o valor investido. 6414 dos cartões de débito à venda incluíam as moradas dos seus donos, e quase 6 mil vinham com o número de telemóvel.

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Man holding credit card while using digital tablet in the office.

Se uma brecha de informação ou ataque informático expõe detalhes dos cartões dos utilizadores, pode dar origem a um roubo de identidade. Assim que o criminoso obtiver o nome, a morada, e o endereço de e-mail da vítima, pode mesmo abusar de métodos legais (como o GDPR para aceder a ainda mais informações pessoais) de forma a conseguir desenvolver o esquema de roubo de identidade ou outras práticas criminosas.

Portugal é o 46º país no índice de risco a nível global

Com base nas suas descobertas, os investigadores NordVPN calcularam o risco por fraude de cartão e outros ciberataques em 98 países. Malta, Austrália, e a Nova Zelândia surgem no topo, sendo que Portugal é o 46º.

Por outro lado, a Rússia tem o risco mais baixo, e a China é o terceiro país a contar do fim. Estas descobertas parecem confirmar teses relativas às localizações de operações de cibercrime à larga escala e ao targeting propositado de países anglo-europeus.

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Mais de metade dos 6 milhões de cartões roubados que foram analisados vieram dos Estados Unidos, muito provavelmente pela sua taxa de penetração de cartões, população numerosa, e forte economia.

Contudo, os cartões americanos roubados contavam com um preço relativamente baixo (€6.24, menos do que a média global de €6.37) nos mercados da Dark Web — os cartões mais valiosos (com uma média de €10.50) eram da Dinamarca.

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