Ainda nada está comprovado, mas a Apple vai ter de enfrentar um processo em tribunal após ser acusada de ter a sua assistente virtual, a Siri, a escutar e gravar determinadas conversas privadas dos utilizadores sem que o comando de ativação fosse mencionado.
A empresa havia solicitado que o caso fosse dispensado, mas apenas uma parte do processo foi posto de parte pelo juíz Jeffrey S. White, do distrito federal de Oakland.
Apple acusada de ouvir e gravar conversas privadas
Parte do processo foi posto de parte, no entanto, a Apple já está alertada que a acusação poderá continuar a insistir no caso e avançar com a queixa devido à violação da privacidade dos utilizadores.
As acusações partiram com base em, pelo menos três testemunhos. Um deles indica que esteve em conversa com o seu médico sobre uma “marca de um tratamento cirúrgico” e isto levou a que lhe fossem sugeridas publicidades relacionadas com o tratamento.
Outros dois utilizadores dizem ter estado a falar de ténis Air Jordan, óculos de sol Pit Viper entre outros assuntos e que, após a conversa, foram apresentadas diversas publicidades relacionadas com os tópicos discutidos entre os dois.
A Apple não é a única empresa com processos deste género em tribunal, pois tanto a Google como a Amazon enfrentam o mesmo tipo de acusações mas referente aos seus assistentes virtuais.
A tecnologia de assistência virtual é, hoje em dia, algo muito presente na vida dos utilizadores, mas até que ponto é que estes serviços não começam a violar a privacidade de cada um sem que os mesmos se apercebam disso?
As três empresas negam qualquer tipo de violação de que são acusadas indicando que a recolha de dados segue o protocolo apresentado para o serviço e que as poucas gravações feitas são utilizadas apenas para o seu propósito indicado e não para vendas a terceiros.