Os desenvolvimentos da HP e os planos para o futuro

A HP é uma empresa com um grande nome no mercado. Detentora de uma vastidão de equipamentos e com nomes no mercado como a Poly e a HyperX, a empresa tem-se adaptado às tendência do mercado e continua a apostar em melhorar cada vez mais a experiência para o utilizador.

Com o avançar dos tempos, os computadores portáteis podem ter deixado de ser tão apelativos, mas continuam a fazer parte de uma grande quota de mercado que, hoje em dia, ainda está a receber melhorias e novos modelos para satisfazer os clientes.

O TechBit teve a oportunidade de colocar algumas perguntas a Pedro Coelho, responsável de Personal Systems da HP, onde pudemos perceber os passos dados pela empresa e os próximos passos que estão a ser dados.

PEDRO COELHO HP 02 HP
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O que esperar de novidades nos portáteis em 2024

A HP é um concorrente de mercado com bastante peso, enfrentando outros grandes nomes da indústria com o acréscimo de participar noutro tipo de mercados como o da impressão.

Segundo os dados referentes ao último trimestre fiscal de 2023, o negócio de Personal Systems representou aproximadamente 68% da faturação da empresa. Com estes valores, podemos concluir que este é o grande mercado de onde provém a maioria dos lucros da empresa, tratando-se por isso mesmo um segmento onde a HP quer agradar aos consumidores de forma a fidelizar os atuais clientes e, também, atrair novos consumidores.

Assim sendo, “no segmento de Consumo, pode-se esperar ofertas inovadoras com Inteligência Artificial integrada, experiências visuais ainda mais imersivas e a excelência da qualidade de som Poly e HyperX incorporada nativamente em muitos dos novos modelos”, começa por nos responder Pedro Coelho.

HP ZBook Studio 16 G9 PC PORTATIL WOKSTATION

A Inteligência artificial tem marcado, e muito, a indústria tecnológica nos últimos tempos e este não será um mercado que irá ficar de fora, integrando capacidades novas que recorrem a esta tecnologia.

“No segmento profissional”, prossegue o responsável de Personal Systems, “pode-se esperar mais Inteligência Artificial, maior eficiência energética, mais segurança e ainda melhores experiências de colaboração. A HP será pioneira no lançamento no mercado de plataformas com as novas arquiteturas de processadores, com aceleração integrada para tarefas de IA alcançada pela adição de NPUs (neural processing units).”

Estas NPUs vão ser capazes de melhorar o desempenho e eficiência dos computadores da empresa, “permitindo uma gestão ainda mais inteligente do consumo de energia ao mesmo tempo que libertam o CPU e GPU para novas experiências, mais personalizadas e que se adaptam ao contexto de utilização do PC.”

A Inteligência Artificial vai-se tornar cada vez mais comum nos equipamentos

“Já em 2023 a HP lançou vários equipamentos que proporcionavam experiências suportadas em Inteligência Artificial, onde se destacavam as experiências de colaboração com otimização de áudio e vídeo”, começou por explicar Pedro Coelho quando questionado sobre a possível implementação da tecnologia nos equipamentos da empresa.

sparrow inteligencia artifical chat google ia generativa

Entretanto, prosseguiu o responsável, “em 2024 a HP anunciou na última CES os seus novos PCs com tecnologia de Inteligência Artificial incorporada que otimizam a experiência de utilização dos computadores pessoais e suportam o elevado potencial da IA enquanto acelerador da produtividade pessoal. A IA aplicada no computador pessoal trará uma renovação do ecossistema de fabricantes de chips e softwares, e elevará o design e eficiência dos PCs a novos patamares.
Contamos ao longo do ano anunciar várias soluções em que iremos posicionar os PCs da HP como as soluções mais completas para suportar a utilização, com máxima eficiência e desempenho, das ferramentas de IA no endpoint.”

A ficha técnica de um equipamento é o mais importante? As tendências na força de trabalho das empresas podem ditar o contrário

“As empresas continuam a debater-se com os desafios do trabalho em formato híbrido”, explica-nos Pedro Coelho. “Agora que começam a ser assimilados os resultados das primeiras tentativas para encontrar o equilíbrio entre a flexibilidade desejada pelos colaboradores e a necessidade de manter uma ligação estreita com a empresa, exige-se do computador pessoal que suporte o trabalho em qualquer lugar e em qualquer momento, e que facilite a jornada diária dos utilizadores nos momentos de transição entre diferentes contextos.”

Com uma variedade grande de opções colocadas à disposição dos consumidores, o importante nem sempre é a ficha técnica, pois os melhores números podem não ser os mais indicados para determinadas tarefas, assim como determinadas tarefas não requerem um maior potência, mas sim uma maior eficiência e gestão dos recursos à disposição.

computador portátil HP Pavilion Plus 14-eh1003np

“No momento de seleção do próximo computador pessoal, às caraterísticas técnicas sobrepõem-se as experiências proporcionadas pelo PC que permitem que os colaboradores se conectem, colaborem e sejam produtivos, com segurança e privacidade.”

Pedro Coelho, responsável de Personal Systems da HP

Pedro Coelho explicou-nos que a HP desenha os seus PCs profissionais para “potenciarem experiências otimizadas de colaboração (com câmaras inteligentes, enquadramento automático ou composição de imagens captadas por duas câmaras em simultâneo), para que as pessoas trabalhem em conjunto virtualmente como se estivessem na mesma sala, de modo que todos sejam verdadeiramente vistos e ouvidos.”

A HP mantém a oferta habitual de soluções de segurança e privacidade, embutidas nos equipamentos, como o HP Sure Start para proteção da BIOS ou o HP Sure View, um filtro eletrónico que evita que pessoas próximas possam aperceber-se dos conteúdos em que estamos a trabalhar.

PEDRO COELHO HP 05 HP

“À colaboração e segurança, juntamos sempre a obrigatoriedade de fornecer computação pessoal que tenha o máximo desempenho com a melhor eficiência energética e com o menor impacto ambiental, o que se traduz atualmente numa iniciativa chamada Go Beyond em que nos desafiamos a ir mais além no cumprimento dos nossos objetivos de desenvolvimento sustentável e onde convidamos parceiros e clientes a acompanhar-nos neste desafio”

Pedro Coelho, responsável de Personal Systems da HP

Omen e Victus: a separação que une o mercado gaming

Dentro dos equipamentos HP, a empresa apostou também no mercado gaming, com computadores preparados para corresponderem às necessidades que um verdadeiro gammer necessita para triunfar.

No entanto, o que começou por ser “apenas” o mercado Omen, agora tem um outro tipo de mercado, o Victus. A separação das gamas de computadores gaming dentro da mesma empresa foi algo mais recente que serviu para que todos os entusiastas e profissionais possam saber para onde se devem virar, de forma mais fácil, no momento da compra de um novo computador para jogos.

HP OMEN 17-CK1007NP

“A marca Victus foi uma excelente introdução ao nosso portefólio gaming, pois permitiu dar aos consumidores um leque mais alargado de escolhas e de soluções”, explicou Pedro Coelho, prosseguindo com a distinção entre as duas gamas de computadores gamming da HP. “Atualmente a gama Victus é mais direcionada para quem procura entrar no mundo o gaming e a gama Omen é mais direcionada para o consumidor mais exigente e que pretenda obter uma performance superior e fiável quando joga.”

A HP continua a investir nesta área, pelo lançamento de novos designs e experiências mais imersivas, mas também pela aliança com players reconhecidos no mercado, como é o caso da recente parceria com a Riot Games (League of Legends, Valorant e Teamfight Tactics) para desenvolver futuros produtos e inovações de gaming para os jogadores de todo o mundo.

Poly passou a fazer parte da HP

Não é uma novidade, mas ainda é algo minimamente recente. A HP adquiriu a empresa Poly de forma a conseguir alargar um pouco mais as áreas de negócio acelerando ainda a estratégia da empresa para criar um portfólio mais diversificado e ajustado às diferentes necessidades do trabalho híbrido.

Pedro Coelho explicou-nos que “os dispositivos e software Poly, aliados à computação, gestão de dispositivos e segurança da HP criarão uma gama mais ampla de soluções híbridas que endereçam as necessidades para salas de reunião, escritórios domésticos, espaços de cocriação, além de simplificar a administração de todo o parque de dispositivos pessoais”.

Poly Voyager Free 60+ UC

Atualmente as duas empresas já atuam no mercado como uma única organização e, já em 2024, é possível vermos resultados desta “sinergia” ainda mais estreita com o lançamento de computadores portáteis que já trazem integrado sistemas sonoros da Poly, que prometem oferecer uma elevada qualidade sonora.

HP pretende ajudar os alunos a chegarem mais longe no percurso escolar

“O processo de ensino-aprendizagem está cada vez mais centrado no aluno que é incentivado a percorrer um caminho autónomo, proativo, multidisciplinar e com o desenvolvimento de capacidades de trabalho colaborativo e competências sociais, sempre sob a orientação de um ou vários professores”, inicia Pedro Coelho.

Apesar da portabilidade que outros equipamentos conseguem oferecer, nos dias atuais o computador portátil ainda consegue marcar uma grande presença no acompanhamento escolar dos mais novos e, até mesmo, dos mais adultos.

PEDRO COELHO HP 12 HP

Pedro Coelho refere que “o computador pessoal revela-se uma ferramenta essencial para apoiar o aluno e professor neste caminho permitindo o recurso a experiências pedagógicas com mais interação, dinamismo, envolvimento, e que podem acontecer em momentos e lugares variados”.

O responsável do setor da empresa afirma que “a HP continua a ter a Educação como um dos seus segmentos prioritários, com objetivos ambiciosos para a intervenção junto das comunidades escolares como sejam a promoção equidade digital para 150 milhões de pessoas até 2030. Na perspetiva da oferta tecnológica, a HP desenvolveu toda uma linha de equipamentos pessoais denominada HP Fortis constituída por portáteis Windows ou ChromeOS que respondem às necessidades de mobilidade, versatilidade e robustez exigidas em contextos educativos.”

Os tablet vão passar a ser os próximos computadores portáteis? Não propriamente

Apesar de existir uma constante insistência por parte de várias marcas de tentarem colocar tablets no mercado que podem ser “transformados” em computadores, com o recurso a uma capa teclado aliada à possibilidade de ligar um rato sem fios aos tablets, estes são, para já, dois equipamentos com muitas diferenças entre si.

“Os portáteis continuam a ser equipamentos mais completos e flexíveis que potenciam maior produtividade pessoal”, explica Pedro Coelho. “A capacidade de processamento, o desempenho gráfico e a experiência superior em áudio e vídeo que se obtêm num portátil continuam a justificar a opção por esta categoria.”

HP Envy x360 2-em-1

Com a inserção de cada vez mais funcionalidades, especialmente agora com a aposta em grande escala da Inteligência Artificial, ao longo de 2024, “a nível individual, serão ainda maiores as exigências sobre o equipamento pessoal, com a necessidade de recurso a NPUs (Neural Processing Units) o que se reforçará ainda mais a necessidade de dispositivos mais completos como os portáteis.”

Uma área com muito para mostrar

Em género de resumo, é possível perceber que a HP tem o ano de 2024 bem planeado com apostas fortes na Inteligência Artificial e com uma maior oferta disponível para o consumidor.

Os computadores portáteis estão atualmente mais capazes com menos capacidades, o que permite uma gestão de recursos muito mais eficaz e oferece ainda a possibilidade de o consumidor poder deixar de parte da ficha técnica dos equipamentos como sendo o fator mais importante para conseguir ter o trabalho feito.

PEDRO COELHO HP 17 HP

A linha gaming da empresa vai continuar a receber a aposta nas duas vertentes, a gama Omen e a gama Victus, com os públicos bem separados. Desta forma a HP pretende responder às necessidades dos consumidores que procuram um determinado nível de exigência por parte das máquinas, mas nem sempre necessita de ser o melhor que a empresa tem para oferecer.

Para já o mercado dos computadores portáteis ainda tem muito para oferecer e a troca de um portátil por um tablet poderá não ser uma escolha ideal para a grande maioria. Nesse sentido, a HP vai continuar a investir no mercado onde tem o nome bem colocado e planeia continuar ao lado dos consumidores por longos anos.

Agradecemos ao Pedro Coelho pela disponibilidade em responder às nossas perguntas.

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