Análise Nothing Phone (2) – Um aspirante a topo de gama que vale a pena comprar

A Nothing lançou há semanas o novo Nothing Phone (2).

Embora seja apenas o 2º smartphone desta marca, tem conseguido reunir uma boa legião de fãs que aguardavam ansiosamente a chegada deste novo smartphone.

Depois do sucesso do Nothing Phone (1) e do seu design, a expectativa era muita para este novo modelo para conhecer as suas novidades tanto em aspeto como em hardware e software.

Nas últimas semanas tivemos a oportunidade de testar o Nothing Phone (2) e partilhamos agora a nossa opinião.

analise nothing phone (2) review
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Nothing Phone (2) Review – Um bom salto de qualidade face ao seu antecessor

Índice de conteúdo Esconder

A Nothing conseguiu um grande destaque com o Nothing Phone (1). Além das características interessantes para o preço, apresentava ainda um design transparente e complementado com LEDs que o tornava diferente dos restantes smartphones do mercado.

Embora tenha ganho muitos prémios e destaque nos media e meios especializados, a verdade é que todo este reconhecimento trouxe um desafio acrescido, o de voltar a surpreender e manter a atenção ganha na primeira geração.

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Com a apresentação do Nothing Phone (2), a marca conseguiu colher um misto de opiniões. Se por um lado alguns esperavam uma alteração significativa no design, Carl Pei assumiu logo uma diferença residual por querer manter uma identidade e fazer com que os Nothing sejam reconhecidos na rua.

Por outro lado, a marca conseguiu alcançar uma boa evolução no hardware, passando a integrar um processador de gama alta e a melhorar a interface NothingOS.

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O Nothing Phone (2) chegou assim com uma construção em alumínio reciclado e a escolha de um vidro 2.5D ligeiramente curvado na parte de trás para tornar o smartphone mais ergonómico.

Na frente foi colocado um ecrã AMOLED LTPO flexivel de 6.7″ com resolução FullHD, taxa de atualização adaptativa de 120 Hz, taxa de toque de 240 Hz, 1600 nits de brilho em pico, HDR10+, 10-bit e um rácio de contraste de 1,000,000:1. Tudo isto é protegido por Gorilla Glass.

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O processador escolhido para o Nothing Phone (2) foi o Snapdragon 8+ Gen 1 acompanhado de uma GPU Adreno 730, 8/12 GB de RAM e 128/256/512 GB de armazenamento interno.

Para fotografia conta com duas câmaras, sendo o sensor principal um Sony IMX890 de 50 MP com tamanho de sensor 1/1.56”, píxeis de 1 μm, abertura F/1.88 e OIS e EIS para estabilização.

Como sensor secundário conta com um Samsung JN1 de 50 MP com sensor de 1/2.76”, abertura de F/2.2, ângulo de visão de 114º e estabilização por EIS. Este sensor é também utilizado para macro, permitindo fotografias com até 4 cm de proximidade.

A gravação de vídeo permite uma resolução de 4K a 60 fps com estabilização por OIS e EIS, câmara lenta ou timelapse.

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Para câmara frontal, o Nothing Phone (2) conta com um sensor Sony IMX615 de 32 MP com um tamanho de 1/2.74” e abertura de ƒ/2.45. Infelizmente não conta com nenhum tipo de estabilização.

Em termos de bateria, temos uma capacidade de 4700 mAh que pode ser carregada com carregamento rápido por fio de 45W (tempo de carga total de 55 minutos), carregamento sem fios de 15W (carregamento em 130 minutos) e permite ainda o carregamento reverso de 5W para carregar os earbuds ou outro smartphone.

Traz ainda com colunas stereo, 3 micros, DualSIM, sensor de impressões digitais no ecrã e reconhecimento facial, certificação IP54 para resistência à água e pó, Wi-Fi 6, Bluetooth 5.3 e 5G.

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Já o sistema operativo integrado de origem no Nothing Phone (2) é o Android 13, com a nova versão da interface personalizada NothingOS 2.0 que traz uma experiência próxima do Android puro, além de garantir 3 anos de atualizações de versão de Android e 4 anos de atualizações de segurança a cada 2 meses.

O Nothing Phone (2) está disponível em White e em Dark Grey com preço a começar nos 679€.

Na caixa do Nothing Phone (2)

  • Nothing Phone (2)
  • Cabo USB-C para USB-C
  • Manuais
  • Proteção de ecrã já aplicada
  • Pin para remover cartão SIM
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Design elegante com construção robusta focada na sustentabilidade

Quando falamos sobre o design do Nothing Phone (2) há algo que não podemos contestar, as parecenças com o iPhone são muitas e este é confundido várias vezes com os smartphones da Apple.

Perdi a conta das vezes que me perguntaram se tinha comprado um iPhone, algo que pode não ser totalmente mau para a marca. Recentemente soube-se que a Nothing é uma das marcas Android que mais utilizadores da Apple converte, algo que poderá também estar relacionado com o aspeto.

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Em termos de construção, as laterais são todas construídas em alumínio 100% reciclado, assim como os botões e o slot do SIM. O estanho e o cobre usado em alguns componentes são também 100% reciclados.

A sustentabilidade é também ampliada para o restante equipamento, com 80% dos plásticos usados feitos a partir de material reciclado.

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Voltando ao design do Nothing Phone (2), temos um smartphone com 162.1 mm de altura, 76.35 mm de largura e 8.55 mm de espessura.

Na frente temos um ecrã com as margens todas iguais, a moldura com margem reduzida.

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Encontramos ainda no topo a câmara frontal centrada, uma novidade face ao antecessor, e a coluna auricular.

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Na lateral direita está localizado o botão de ligar/desligar com boas dimensões, enquanto no lado esquerdo temos dois botões de aumentar ou diminuir volume.

Na base do Nothing Phone (2) temos o conector USB-C, o slot dos 2 cartões SIM, um microfone e uma coluna, enquanto na parte superior apenas encontramos um microfone.

Por fim, atrás, temos duas câmaras colocadas no canto superior esquerdo (salientes da estrutura), juntamente com um flash LED e um microfone.

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Em toda a área traseira temos um smartphone transparente onde podemos ter visão para alguns dos componentes que a Nothing decidiu deixar vísiveis.

Além disso, temos a popular interface Glyph, composta agora por mais áreas de LEDs que respondem a interações específicas.

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Qualidade de construção e ergonomia

Em termos de qualidade de construção não há muito a apontar ao Nothing Phone (2). O equipamento é bastante robusto e apresenta um toque bastante premium que aponta logo para um smartphone de gama alta.

Para resolver um dos problemas apontados no modelo anterior, a Nothing apostou num vidro 2.5D na traseira, com ligeira curvatura nas 4 extremidades para tornar este equipamento mais ergonómico e confortável de usar.

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Para garantir uma maior resistência, foi colocado na frente do Nothing Phone (2) uma proteção Gorilla Glass que foi também ampliada para o vidro traseiro, para as lentes das duas câmaras e para o flash LED.

O Nothing Phone (2) apresenta assim uma excelente construção no geral que está ao nível de um topo de gama.

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Na traseira apenas um ponto negativo para uma elevada saliência das câmaras, algo normal nos smartphones atuais, que o torna algo desiquilibrado quando pousado em cima da mesa com as câmaras posicionadas para baixo.

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Este “problema” do Nothing Phone 2 é depois resolvido com a integração de uma capa. No caso da oficial, esta área é nivelada (e protegida) passando a traseira a estar totalmente nivelada.

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Ecrã flexível e LTPO

Tal como aconteceu no Nothing Phone (1), a marca britânica optou por tornar a frente do smartphone toda simétrica, evitando a utilização de um “queixo” ao colocar a moldura inferior maior que as restantes.

Para isso, e como necessitava de espaço para ligar o Flex, optou por usar um ecrã flexível, o que garantia que os 4 lados do ecrã pudessem ter exatamente a mesma margem.

No Nothing Phone (2) foi seguida exatamente a mesma lógica, somando-se um ecrã LTPO (Óxido policristalino de baixa temperatura) que permite ter uma taxa de atualização variável e um consumo de bateria mais baixo.

Além disso, foi também aumentado o brilho máximo que alcança agora os 1600 nits em pico.

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Encontramos assim no Nothing Phone 2 um ecrã AMOLED com boa qualidade de imagem, boa reprodução de cores, bons ângulos de visão e uma legibilidade melhorada ao sol.

O tamanho do ecrã subiu ligeiramente de tamanho, passando das 6.55″ para as 6.7″.

Pode não ser o melhor ecrã do mercado, mas não irá certamente desiludir mesmo os utilizadores com maior exigência.

NothingOS 2.0 – Próximo do Android Stock, mas com possibilidade de personalizar

Se no design a Nothing não fez uma grande evolução no Nothing Phone 2, tal não se regista na sua interface. A marca britânica prometeu uma evolução significativa com a NothingOS 2.0 e cumpriu.

Esta está mais estável e completa, mantendo a proximidade ao Android puro, mas incrementando as possibilidades de personalização com especial foco nos Widgets.

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No entanto, existem ainda algumas arestas para limar como é o caso de algumas traduções para português que faltam ao longo do sistema.

Pode escolher entre a aparência do Android Stock ou do visual Nothing

Tal como aconteceu, durante muitos anos, com a OxygenOS da OnePlus, antiga empresa de Carl Pei, também a NothingOS apresenta uma experiência muito próxima ao Android Stock.

Ao iniciar a primeira vez o Nothing Phone (2), existe um passo na configuração que pede ao utilizador para escolher qual das aparências pretende. O tradicional visual do Android ou a opção Nothing com ícones e aspeto mais monocromático.

Qualquer opção que escolha, o que muda é o visual, sendo todo o restante sistema idêntico à experiência de um Pixel, existindo apenas 25 aplicações pré-instaladas e sem a adição de grandes gorduras no sistema.

Para quem escolher a opção Nothing, apenas os ícones de algumas aplicações serão transformados em versão monocromática, enquanto as restantes apps ficam a cores, uma mistura que pode parecer bastante estranha.

Para uniformizar todos os ícones a preto e branco pode instalar este pacote de ícones da Nothing.

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Variada escolha de widgets para o ecrã inicial ou ecrã de bloqueio

Um dos grandes focos de personalização da NothingOS são os Widgets. Estes podem ser colocados tanto no ecrã inicial como no ecrã de bloqueio e permitem aceder rapidamente a aplicações ou funcionalidades.

Ecrã de bloqueio

No caso do ecrã de bloqueio (e no Always on Display) é possível definir duas linhas de ícones com informações e/ou atalhos.

Além de escolher a aplicação ou função, o utilizador pode ainda definir diversos tamanhos, podendo o ícone ocupar um espaço, dois espaços ou quatro espaços.

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Ecrã inicial

No caso do ecrã inicial do Nothing Phone (2), as opções são ainda mais alargadas. Além dos widgets do ecrã de bloqueio, somam-se ainda outras possibilidades.

É possível aumentar a dimensão dos ícones de apps de 1×1 para 4×4, tornando-os gigantes, e as pastas podem ocupar também uma área maior e as aplicações no interior serem clicáveis diretamente.

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É possível ainda adicionar widgets para apps de terceiros, permitindo aceder rapidamente a equipamentos de smart home ou funcionalidades específicas das aplicações.

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Suporte aos AirPods e ligação ao Tesla

Tal como já aconteceu no NothingOS 1, a marca britânica mantém no Nothing Phone (2) suporte dedicado aos Apple AirPods e à integração com os carros da Tesla.

Integração da interface Glyph

Embora este tema seja discutido mais à frente, foi também aumentada a integração do sistema com os Glyph.

Com o aumento do número de áreas de LEDs, existe maior interação do Glyph com o sistema, quer através do compositor e do temporizador, como através de uma seleção mais detalhada das notificações que espoletam o LED de alerta.

Está também em testes a integração da Uber com este sistema de iluminação do Nothing Phone 2 que deverá ser alargada a mais aplicações de terceiros no futuro.

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Falta de aplicações essenciais como a Galeria

Embora o corte de aplicações não essenciais e a utilização do Android Stock seja uma grande vantagem, especialmente na velocidade do Nothing Phone (2), existem pequenas coisas que fazem a diferença.

Uma delas é a falta de uma aplicação de galeria nativa. De origem traz o Google Photos e o Files, ambas aplicações que permitem visualizar as imagens captadas, mas não permitem um acesso tão simples e dedicado como uma app específica de galeria.

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Toques de chamada e notificações

Embora achemos engraçada a ideia do compositor e de ter toques com o som coordenado com o Glyph, a verdade é que os toques integrados tanto para chamadas, notificações ou alarmes são um pouco irritantes.

A Nothing optou por compor todos os sons com base em batidas eletrónicas compostas por diversos sons isolados, não existindo uma opção alternativa de música normal e obrigando, muitas vezes, a descarregar os nossos próprios sons.

Consideramos a ideia como original e engraçada, mas, para nós, é algo que fica por aí e cujo resultado não fica tão bem como esperado.

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Interface Glyph – É realmente útil?

Vamos agora a um dos grandes destaques do Nothing Phone (2). A interface Glyph foi um dos grandes destaques do Nothing Phone (1) e foi melhorada nesta nova versão.

Além de um aumento do número de LEDs, estes foram também divididos em 3 áreas distintas de forma a se tirar maior proveito desta interface.

Embora estas luzes façam um efeito engraçado, existe sempre uma dúvida que persiste. Serão os glyph realmente uma funcionalidade útil ou são apenas luzes que não passam disso, um efeito engraçado.

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Na verdade, não existe uma resposta certa a esta questão, uma vez que a usabilidade irá depender muito de cada um.

No nosso caso, se quando começámos a usar este equipamento nos parecia algo que não iríamos achar muito prático, a verdade é que a nossa opinião mudou rapidamente.

O temporizador, o compositor ou a funcionalidade secreta de visualização de festas servem mais para mostrar um truque engraçado, existem outras funcionalidades muito mais úteis como as notificações essenciais ou o Flip to Glyph.

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Notificações essenciais

Com a interface Glyph pode escolher que notificações permitem acender o LED de aviso que se localiza na traseira.

No entanto, além de escolher as aplicações das quais pretende ser alertado, é possível ir ao detalhe de cada app e escolher funcionalidades específicas.

Ou seja, pode indicar ao Nothing Phone (2) que apenas deve ativar o LED com conversas específicas no WhatsApp, apenas com mails de contas específicas de email ou apenas os comentários nas suas fotos de Instagram.

É ainda possível definir toques/animações de luzes diferentes para diferentes contactos para que consiga saber quem liga só de olhar para o smartphone.

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Flip to Glyph

Outra funcionalidade muito útil é o Flip to Glyph.

Quando ativo, sempre que vira o Nothing Phone (2) com a traseira para cima numa superfície plana, este irá dar um sinal visual que entrou no modo Flip to Glyph, desativar o som e passar a notificar o utilizador apenas com as luzes.

No fundo, isto é bastante útil em ambiente de trabalho, uma vez que permite rapidamente colocar em silêncio durante as reuniões além de servir como modo de concentração durante as jornadas de trabalho, podendo assim ser alertado apenas quando tem uma notificação essencial.

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Esta funcionalidade é também útil para saber à distância quando é que temos uma notificação por ler sem necessidade de pegar no smartphone para ver se temos alguma notificação.

Existe apenas a necessidade de se ter em atenção quando é que se coloca o Nothing Phone (2) de traseira para cima, uma vez que podemos estar a silenciar o smartphone sem nos apercebermos.

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Ring Light na câmara ou lanterna glyph

Outra vantagem na utilização do Glyph é a possibilidade de os usar como Ring Light ao fotografar ou filmar com a câmara.

Além do flash LED é possível também ativar o Glyph para iluminar, permitindo ter uma luz mais uniforme.

Os Glyph podem ser também utilizados como lanterna, bastando fazer um clique prolongado no ícone da lanterna quando a ativamos.

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Nestes dois modos, existe apenas algo que achamos que deve ser melhorado. Nas definições, a intensidade de luz dos Glyph pode ser regulada em 3 níveis, algo que deveria ser alargado para estas duas funcionalidades em vez de assumir sempre a intensidade máxima.

Algo útil, mas que tem ainda muito para crescer

Na nossa opinião, os Glyph mostraram-se como uma funcionalidade prática no dia a dia ajudando a desligar um pouco mais das constantes ativações do ecrã para ver novidades permtindo perceber que estava no hora de dar atenção ao smartphone.

Além disso acaba por ser algo popular entre amigos, uma vez que as luzes acabam por chamar a atenção e gerar curiosidade e tema de conversa.

No entanto, esta é uma funcionalidade que ainda tem muito para crescer. Além da integração com apps de terceiros muito pedida pelos fãs da marca e já em desenvolvimento, existem ainda muitas funcionalidades que poderão ser trabalhadas para integrar ainda mais com o sistema.

Por exemplo, a personalização do toque/animação de luzes para as chamadas de cada contacto pode ser ampliada para as notificações de aplicações.

Para conhecer a interface Glyph em detalhe e saber tudo o que é possível fazer com estes LEDs, pode ler o nosso artigo dedicado a esta funcionalidade.

Som e captação de áudio

Em termos de som, as colunas stereo emitem uma boa qualidade para um smartphone e as chamadas são também bem audíveis no auscultador.

No entanto, quando colocamos a chamada em alta voz, notamos que por vezes o som acaba por ser um pouco baixo, não nos tendo sido possível perceber por agora se está relacionado com as outras pessoas ou se será um bug do sistema.

Na captação de som, a qualidade é bastante boa e existe um bom cancelamento dos ruídos envolventes. No entanto, reparámos que se numa chamada o Nothing Phone (2) for colocado numa superfície ao alto (a abafar o microfone de baixo) existe uma dificuldade da outra pessoa em ouvir.

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Vibração e motores hápticos

Um dos pontos onde a Nothing não investiu tanto foi nos motores hápticos.

A vibração e o feedback tátil é suficiente para grande parte dos utilizadores, mas para os mais exigentes neste patamar ou os gamers que gostam de sentir uma boa resposta durante os seus jogos podem ficar um pouco desiludidos.

Desbloqueio com sensor de impressões digital debaixo do ecrã

O Nothing Phone (2) integra um sensor ultra sónico debaixo do ecrã que apresenta um bom desempenho.

O reconhecimento é rápido e preciso e respondeu sempre que solicitado.

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Desempenho – Um salto de gigante com o Snapdragon 8+ Gen 1

Muitos se lembram certamente do trabalho realizado por Carl Pei e Pete Lau à frente da OnePlus. Antes da saída do atual CEO da Nothing, estes eram smartphones conhecidos pela sua velocidade e elevado desempenho.

Ao criar a Nothing, Carl Pei defende a mesma filosofia e temos no Nothing Phone (2) um smartphone muito próximo do Android Stock e que garante um desempenho irrepreensível que chega até a tornar-se mais rápido que um iPhone 14 Plus.

Em teste tivemos o Nothing Phone (2) com 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno e não sentimos nunca nenhuma limitação ou hesitação a executar uma aplicação ou jogo.

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Para isso conta também a integração do processador Snpadragon 8+ Gen 1 que, embora já não seja o mais recente SoC da Qualcomm, oferece um processamento de elevado nível e que garante uma experiência de topo de gama a um preço mais baixo.

Em termos de benchmark, o Nothing Phone (2) perfez os seguintes resultados:

  • Antutu V10 – 989 981 pontos
  • Geekbench 6
    • Single-core – 1661 pontos
    • Multi-core – 4308 pontos
    • GPU – 6034

Fotografia – Um dos pontes que mais surpreende

Outro dos pontos de evolução do Nothing Phone (2) foi a parte fotográfica. Além de uma nova câmara principal, a integração do Snapdragon 8+ Gen 1 ajudou também a melhorar esta componente.

Como sensor principal passamos a ter um Sony IMX 890 de 50 MP com tamanho de sensor 1/1.56”, píxeis de 1 μm, abertura F/1.88 e OIS e EIS para estabilização.

analise nothing phone (2) review

Este mostrou-se bastante competente tanto em ambientes diurnos como noturnos, apresentando resultados que surpreendem pela cor, detalhe e equilíbrio.

Fotografias de dia

Fotografias de noite, pouca luz ou luz artificial

No entanto, em algumas fotografias, percebemos que existe uma tentativa de sobre otimização que pode levar, de vez em quando, a que algumas fotos ganhem um aspeto aquarela.

Ultra grande angular

A segunda lente do Nothing Phone (2) manteve-se com a Samsung JN1, uma câmara utra grande angular que também serve como câmara de selfie, permitindo captar imagens com até 4cm de distância.

Este foi claramente um dos pontos onde a Nothing poupou algum dinheiro. Embora não seja terrível, nota-se uma diferença significativa para o sensor principal, notando-se claramente a necessidade de também evoluir este sensor no futuro.

Fotografias Ultra grande angular

Zoom 2x

Não tendo câmara para telefoto, o Nothing Phone (2) apenas permite a captação de imagens com zoom ótico de 2x, podendo ser ainda ampliado até 10x com zoom digital onde a qualidade já é nula.

Outros modos de fotografia

A aplicação de câmara permite ainda captar imagens em modo retrato, panorama ou especialista para quem gosta de controlar todos os detalhes da captação.

analise nothing phone (2) - fotografia dia
Modo retrato
nothing phone (2) review - panorama
Panorâmica

Vídeo

Em termos de qualidade de gravação de vídeo, encontramos a possibilidade de gravar a 4K 60 fps que garante uma qualidade de imagem bastante elevada e uma estabilização que também faz bem o seu papel.

Há ainda a possibilidade de captar vídeos em câmara lenta ou timelapse.

Câmara frontal de 32 MP

Já a câmara frontal, apresenta um sensor Sony IMX615 com 32 MP, um tamanho de 1/2.74” e abertura de ƒ/2.45.

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Embora os resultados sejam bons, fica a faltar uma estabilização por EIS ou OIS nesta câmara para garantir um maior detalhe na fotografia.

Além disso, mesmo não estando o modo beleza ativo, parece que é sempre aplicado um ligeiro efeito.

analise nothing phone (2) - fotografia selfie

Autonomia para mais de um dia

Vamos então ao último detalhe que superou as expectativas que tínhamos em relação ao Nothing Phone (2), a autonomia.

Neste novo smartphone a Nothing decidiu aumentar ligeiramente a capacidade da bateria para 4700 mAh, ao mesmo tempo que colocou um ecrã LTPO mais eficiente e apostou num processador que, embora mais poderoso, é também bastante poupado.

Este conjunto resultou num smartphone onde eu tinha dificuldade em gastar a bateria toda ao longo de um dia, sendo frequente chegar à noite com 50 ou 40% de bateria remanescente, algo pouco habitual na minha utilização intensiva.

Para alguém cuja utilização não é muito pesada pode facilmente chegar aos 2 dias de autonomia.

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Em termos de carregamento, a Nothing optou por subir a tecnologia de 33 para 45W, uma mudança que permite carregar a totalidade da bateria em cerca de 55 minutos, mas que está longe da concorrência.

Este foi um ponto onde claramente a marca britânica optou por poupar dinheiro, uma vez que grande parte dos smartphones de gama alta já fez a transição para, pelo menos, os 65W.

No entanto, o Nothing Phone (2) é compatível com as tecnologias PPS/PD3.0/PD2.0/QC4.0/QC3.0/QC2.0 /DCP/SDP/CDP e permite já realizar um carregamento rápido com alguma celeridade.

Dispõe ainda de carregamento sem fios a 15W e carregamento reverso a 5W para carregar os Nothing Ear (2) ou outro equipamento semelhante.

analise nothing phone 2 review 75 nothing phone (2)

Infelizmente, o carregador não vem incluído na caixa e necessita de ser adquirido à parte.

Acessórios

A Nothing apostou em todos os pormenores para passar uma sensação premium.

Além do pin do cartão SIM ser bastante elegante, também o cabo de dados do Nothing Phone (2) foi trabalhado. Além de ser USB-C para USB-C, apresenta ainda as extremidades transparentes.

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Se o cabo está incluído na caixa, tal não acontece com o carregador.

Se quer carregar o seu Nothing Phone (2) com o carregador original (também bastante elegante e distinto) tem de desembolsar 35€ (32€ com cabo de 1.80 metros incluído se comprado junto com o smartphone).

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No caso da película, vem já uma colocada no Nothing Phone (2), embora seja bastante fina. Para ter maior proteção, pode comprar a película de vidro temperado oficial por 19€.

Já a capa, não vem nenhum na caixa e a única oficial, com total compatibilidade com o Glyph e carregamento sem fios, custa 25€.

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Se comprar juntamente com o smartphone, capa e película ficam por 26€.

Pode ainda optar por comprar juntamente com o smartphone os Ear (2) por 119€ em vez de 149€ ou os Ear (stick) por 49€ em vez de 119€.

Em resumo…

O Nothing Phone (2) era um smartphone muito esperado este ano, com muitas pessoas a aguardarem ansiosamente pelas novidades que a marca tinha para oferecer.

Embora muitos ficassem desiludidos por não existirem mudanças significativas no design, a Nothing apostou por cimentar o caminho já construído.

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Melhorou a interface Glyph com uma nova organização e funcionalidades, optou por um processador mais potente e completo, mudou para um ecrã mais eficiente, melhorou a autonomia, otimizou a fotografia e introduziu muitas novidades na NothingOS.

Manteve assim um design pelo qual é já reconhecido procurando ganhar o seu espaço no mercado (mesmo que o visual se assemelhe muito a um iPhone) e procurou melhorar componentes chave.

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A grande evolução vai, sem dúvida para a fotografia, uma área onde os resultados estão com um resultado muito bom para uma empresa que lançou agora o seu 2º smartphone.

Já o Glyph tornou-se um aliado no dia a dia. Ao alertar apenas de notificações essenciais permite não pegar tantas vezes no smartphone e saber quando existe uma notificação relevante para ver.

No entanto, esta é uma funcionalidade ainda com grande margem de evolução e que pode ser ainda mais integrada no sistema e com apps de terceiros.

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O Nothing Phone (2) está disponível em White e Dark Grey na loja online da marca e nos revendedores oficias com os seguintes preços:

  • Nothing Phone (2) 8 GB + 128 GB (apenas Dark Grey) – 679€
  • Nothing Phone (2) 12 GB + 256 GB – 729€ (710€ na Amazon)
  • Nothing Phone (2) 12 GB + 512 GB – 849€ (812€ na Amazon)

Face à primeira geração, o preço subiu 180€, um valor que obriga a pensar um pouco mais no investimento, mas que se justifica pelas melhorias que este modelo teve.

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Se está à procura de um smartphone premium para durar alguns anos, tanto em hardware como em software, esta é uma compra que nós recomendamos.

Nothing Phone (2)

679€
9.2

Construção e Design

9.5/10

Desempenho

9.0/10

Sistema operativo

9.0/10

Câmaras

9.0/10

Autonomia

9.5/10

Pros

  • Construção premium
  • Câmara principal
  • Personalização do NothingOS 2.0
  • Utilidade da interface Glyph

Contras

  • Falta de carregador na caixa
  • Falta de algumas traduções e outras arestas por limar na NothingOS 2.0
  • Cãmara ultra grande angular não surpreende
  • Excesso processamento em algumas fotos que leva a efeito aguarela
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