Fabricantes de automóveis estão a partilhar dados de condução que são usados pelas seguradoras

Dos Estados Unidos chega-nos uma história de um condutor que viu o seu seguro subir devido à sua condução perigosa.

Depois de investigar este aumento, descobriu que o fabricante do seu carro estava a partilhar os dados da sua condução com uma empresa que os revendia à sua seguradora.

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Dados dos automóveis conectados estão a ser vendidos e usados pelas seguradoras para definir preço do seguro

Kenn Dahl, um americano de 65 anos, ficou bastante surpreendido quando recebeu em casa uma fatura da sua seguradora com um aumento de 21%.

Considerando este aumento exagerado, questionou a sua seguradora do porquê do agravamento, visto não ter tido nenhum acidente recente nem nada que pudesse gerar esta subida de preço.

A grande surpresa foi quando a sua seguradora justificou esta alteração com o facto da sua condução ser agressiva e perigosa, tendo-lhe sido enviado um documento de 258 páginas, das quais 130 incluam o máximo detalhe das suas viagens como duração do trajeto, distância percorrida, número de vezes que foi excedida a velocidade máxima permitida ou o número de vezes que foi realizada uma manobra agressiva como acelerações ou travagens repentinas, ficando apenas de fora a localização exata do veículo.

Estes dados teriam sido fornecidos pela empresa LexisNexis que, por sua vez, tinha adquirido os dados à fabricante do carro de Dahl, a General Motors.

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Embora já existam seguros de automóveis onde é assumido que o valor depende da análise da condução, com a Tesla a ser um grande exemplo, a verdade é que neste caso não existia o conhecimento do proprietário, nem a seguradora foi transparente no processo.

Investigando este caso, foi possível saber que a permissão foi dada quando o proprietário aceitou as condições do veículo, estando este envio de dados mencionado no meio do texto.

Com os automóveis conectados a captarem constantemente informações, tirando proveito das ligações LTE existentes, este é um procedimento que foi encontrado em várias marcas.

Além da Chevrolet, marca do carro de Dahl, a empesa LexisNexis compra ainda dados a outros fabricantes de automóveis como a Kia, Hyundai, Honda, Subaru e Mitsubishi.

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No entanto, este é apenas o leque de clientes conhecido de uma empresa deste tipo, podendo existir muitas mais que se dediquem à compra de dados de automóveis.

Estes são depois vendidos às seguradoras para que possam fazer uma análise de risco sobre o condutor.

Por agora, este é um caso relatado apenas nos Estados Unidos, não havendo ainda informações sobre a possibilidade de também ocorrer na Europa, algo que deveria também ser proibido pela lei do RGPD.

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