Com o frio a instalar-se por todo o país, está na altura de os aquecedores saírem da despensa e começarem, novamente a aquecer as casas dos portugueses. No entanto, estes equipamentos são conhecidos por fazerem disparar as contas da luz.
De forma a evitar surpresas de maiores valores ao fim do mês, mas sem prejudicar o conforto que o calor nos fornece em casa, deixamos alguns truques e dicas que podem ajudar a equilibrar as duas coisas durantes os meses mais frios.
O equipamento ideal é o ponto de partida
O mercado tem uma oferta bastante vasta de aquecedores para casa e, normalmente, o problema é saber qual devemos escolher e qual será melhor para a nossa situação.
Para poder tomar uma decisão mais consciente daquilo que lhe poderá fazer falta, o TechBit já havia partilhado uma lista com toda a informação referente aos diversos tipos de aquecimento no mercado.
Se vai ter o aquecedor ligado por longos períodos, um aquecedor tradicional a óleo poderá ser a opção mais económica, já se procura um aquecimento instantâneo que depois pode desligar passado pouco tempo, pode apostar num aquecedor a mica.
Claro que depois existem ainda casos mais específicos que requerem um tipo de aquecimento mais direcionado ou mais eficaz, e como tal, deve sempre procurar aquilo que se adapta melhor à realidade em que vive, pois cada caso é um caso.
O termostato não é para estar sempre no máximo
Apesar de muitos consumidores perguntarem se aquele aquecedor que vão comprar tem “aquele sistema de ligar e desligar sozinho”, também conhecido como termostato, depois acabam por não utilizar esta funcionalidade como deve de ser.
A ideia do termostato é, de facto, fazer com que o equipamento se desligue sempre que atinge uma determinada temperatura e que volte a ligar-se quando arrefece o suficiente. O problema deste sistema é que a maioria das pessoas apenas coloca o termostato no máximo e pronto.
Aqui está um dos problemas, estando regulado no máximo, o aquecedor vai estar sempre ligado e em funcionamento. Se tem um espaço que não necessita de calor constante para se manter acolhedor, pode perfeitamente regular o termostato para uma temperatura intermédia de forma a que este esteja menos tempo ligado.
Desta forma, mesmo que seja pouco, vai conseguir evitar uma subida tão grande no preço da fatura da luz enquanto mantém a divisão quente e acolhedora.
O que serve para aquecer uma sala, não é necessário para um quarto
A grande maioria dos equipamentos de aquecimento têm uma opção que permite aos mesmos funcionar no máximo ou num aquecimento intermédio.
Nalguns casos, a maioria, o que acontece é que em vez de ligar as resistências todas, liga apenas metade delas, de forma a gerar calor em menor quantidade, reduzindo também a potência consumida durante o funcionamento e conseguindo aquecer o espaço sem problemas.
Este pode ser um ponto a ter em atenção nos casos em que utilizamos o mesmo equipamento para aquecer duas (ou mais) divisões. Se a sala for grande e apenas o máximo do equipamento consegue aquecer todo o espaço, não há problema, desde que quando mudar para o quarto tenha isso em consideração.
Os quartos, por norma, são divisões mais pequenas e aconchegantes, logo são também mais fáceis de aquecer. Assim sendo, um aquecedor de 2500W pode funcionar no máximo na sala, mas ser colocado apenas a 1250W quando é utilizado no quarto.
Em alguns casos, até tem uma terceira posição de aquecimento, o que oferece um controlo ainda maior da despesa ao fim do mês. Pode começar com o aquecedor no máximo para um efeito mais rápido e, depois, reduzir para metade ou mesmo um terço da potência máxima apenas para ajudar a manter o calor.
Isolamento em primeiro lugar
De nada serve aquecer um local onde o frio entra por todos os lados ou o calor está a sair diretamente para outro lado.
Se a ideia é criar um ambiente acolhedor, quente e com baixos consumos, deve garantir que existe um bom isolamento do espaço e que a porta não está sempre aberta, pois isto vai fazer com que seja mais complicado chegar a uma temperatura agradável e constante e obrigar a que esteja sempre a aquecer o espaço.
Além disso, deve ter em atenção o tipo de aquecedor que está a utilizar para não correr riscos e para conseguir aquecer o local de forma correta. Alguns sistemas de aquecimento secam mais o ar que outros, pelo que fechar toda a divisão e não permitir a entrada de oxigénio não é a opção mais recomendada a nível de isolamento.
Os termoventiladores são baratos, mas podem sair-lhe caro
Deixamos ainda o alerta para os conhecidos termoventiladores, talvez o equipamento de aquecimento que mais se vende durante o Inverno.
Estes equipamentos, por norma, são mais pequenos, mais baratos e emitem bastante calor considerando o seu tamanho, conseguindo até gerar calor suficiente para divisões maiores.
No entanto, estes pequenos equipamentos são pensados para um calor mais direcionado e não para aquecer qualquer divisão. Isto porque estamos a falar de uma resistência e uma ventoinha que, assim que deixam de funcionar, não têm como reter qualquer calor ou manter, de alguma forma, a temperatura.
Desta forma, estes equipamentos que são muito baratos no ato da compra, acabam por estar constantemente ligados e a consumir grandes quantidades de luz, levando a um aumento significativo da conta no final do mês e acabam por não aquecer o espaço da mesma forma que outros equipamentos.
Com pequenos ajustes na utilização normal destes equipamentos, é possível ter uma casa quente e acolhedora sem ter de, obrigatoriamente, pagar uma conta da luz três vezes maior.
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